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domingo, 4 de novembro de 2012

Um perigo a crianças e adolescente.


A pesquisa TIC Kids Online Brasil 2012, divulgada no mês passado pelo Comitê Gestor da Internet (CGI.br) no País, revelou outros dados interessantes sobre a presença online de crianças e adolescentes. Um indicador que chama a atenção é que 53% dos pais afirmaram não usar a internet. 

No entanto, 71% acharam que as crianças usam a rede com segurança. Porém, a pesquisa mostra que entre crianças de 9 e 10 anos, 6% já tiveram contato na internet com alguém que não conhecia pessoalmente, entre 11 e 16 anos, o percentual sobe para 26%.

“Isso é muito sério porque esses mesmos pais que estão dizendo que é pouco provável que seus filhos tenham algum tipo de situação de perigo na internet, não conhecem exatamente que situações de vulnerabilidade seus filhos podem passar nesse ambiente. Há uma certa sensação de segurança dos pais que não obrigatoriamente se confirma na experiência concreta dos seus filhos que, às vezes, tem experimentado alguns conteúdos que podem trazer algum tipo de dano”, acrescenta Rodrigo Nejm.

Na avaliação do psicólogo, a criança e o adolescente podem ter contato com conteúdo violento, pessoas estranhas e eventualmente até com criminosos. Apesar disso, ele destaca que mais importante é preparar esse público para lidar com situações de risco, que existem sempre, dentro e fora do ambiente virtual . “Quando a gente fala de conhecer novas pessoas, a gente tem que tomar cuidado para não fazer um pânico moral. É preciso olhar esses dados com cuidado, chamar a atenção para os perigos, mas também não é o caso de entrar em pânico e achar que a internet é superperigosa. Isso pode ser muito legal para questões de socialização”, explica.

A proteção dos pequenos é uma das atribuições da Polícia Federal (PF), mas não em todos os casos. “Para a PF investigar precisa haver a publicação ou a disponibilização de arquivos envolvendo pornografia infantil na internet, pois desse modo essa prática tem caráter transnacional. A rigor, quando o caso se restringe ao armazenamento desse tipo de material e ao abuso de crianças, quem assume é a Polícia Civil”, explica o delegado da PF Júlio César Fernandes, responsável pelo grupo especial de combate aos crimes de ódio e pornografia infantil na internet. O grupo, criado em 2003, recebe e analisa as denúncias. As investigações são feitas pelas delegacias de defesa institucional nas superintendências ou pelas delegacias descentralizadas.

Em entrevista, o delegado disse ainda que o perfil dos aliciadores é variado, sem faixa etária definida, mas a maioria é homem e solteiro. As principais investigações envolvendo pornografia infantil estão na região Centro-Sul do Brasil. “Ainda não sabemos se isso ocorre porque há um maior volume de casos ou porque lá as unidades estão mais especializadas. As unidades que têm mais volume também têm os responsáveis que estão há mais tempo à frente dessa área temática. Os trabalhos mais emblemáticos foram desenvolvidos pelas delegacias de defesa institucional do Paraná e do Rio Grande do Sul”, destaca.

Jota Isaias

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