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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Um Estado de cordeirinhos?

Foto Google Imagem
DO SITE DE DIVANE CARVALHO
Durante muito tempo os políticos diziam, com orgulho, que Pernambuco era um estado politizado. E citavam as acirradas disputas eleitorais para o Governo do Estado ou Prefeitura do Recife como prova de que os pernambucanos participavam ativamente da política, que tinha dois lados definidos.
Ou seja :ou se votava nos candidatos do governo ou nos representantes da oposição e as militâncias, muitas vezes, chegaram às vias de fato quando defendiam, nas ruas, os nomes que preferiam para governar o Estado ou a capital pernambucana.
Tudo isso é passado. Eduardo Campos (PSB) e seus aliados são quase unanimidade em Pernambuco e a oposição foi definhando de tal maneira que, hoje, não assusta o governador, nem o novo prefeito, Geraldo Júlio (PSB).
Mas, à medida que os oposicionistas aderem ao neto de Arraes, maior vai ficando o espaço a ser ocupado por uma oposição que, em outros tempos, dava muito trabalho aos governantes. Se alguns políticos que começam a ficar insatisfeitos com o quadro que está aí começarem a se organizar para ocupar o vazio aberto pelo DEM, PMDB, PSDB e PV, certamente se surpreenderão com o tamanho da lacuna e, principalmente, com a recepção de uma boa parte do eleitorado.
Há quem diga que é impossível surgir uma oposição a um governo que tem um percentual de avaliação lá nas alturas, mais de 80%. Nem o prefeito encontrará grandes oposicionistas na Câmara dos Vereadores do Recife porque vai trabalhar à imagem e semelhança do seu padrinho Eduardo Campos e por aí vai.
Ledo engano. Tem muita gente que não concorda com essa nova política implantada em Pernambuco exatamente porque sente falta do
contraditório, essencial para o exercício pleno da democracia. E como em política não se deve duvidar de nada, nunca, ninguém se espante se o espaço vazio deixado pelos oposicionistas tradicionais que aderiram a Eduardo Campos comece a ser ocupado por outros nomes que querem formar uma oposição, mesmo que seja uma minoria.

Afinal, é melhor ter uma minoria oposicionista no Estado, que
questione, fiscalize e discorde do que considera errado no Governo ou na Prefeitura do que transformar Pernambuco num estado cheio de cordeirinhos.

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