Web Radio Jataúba com Cristo aperte o Play e curta os melhores hinos do momento.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

O Trilha do Santa Cruz sem contestação


Dedicação e união dos jogadores do Santa Cruz falaram mais alto no Pernambucano 2013/JC Imagem

"Santa Cruz, Santa Cruz, junta mais essa vitória. Santa Cruz, Santa Cruz, ao teu passado de glória!" A torcida coral está em festa. São três títulos consecutivos, dois deles conquistados dentro do reduto do rival Sport. A conquista foi para lá de merecida. O time coral mostrou muita determinado, de raça, entrega em campo. Todos os jogos foram encarados como uma decisão para o elenco coral. E esse comportamento se deveu muito ao trabalho do técnico Marcelo Martelotte. Ele conseguiu implantar uma filosofia em que todos os atletas mostraram uma tranquilidade fora do comum nos principais jogos do Pernambucano.

Nesta decisão, o Santa Cruz jogou de forma muito consciente. Na primeira partida, venceu no Arruda, por 1x0. O resultado deu direito à vantagem do empate no segundo confronto, na Ilha do Retiro. E o time coral não atuou com o regulamento debaixo do braço. Na casa do adversário, o Santa Cruz marcou forte no meio e explorou o contra-ataque. Passou um sufoco daqueles, mas graças ao goleiro Tiago Cardoso e à raça do elenco, o time saiu de campo com mais um título nas mãos.

Bom, vamos ao jogo...

O primeiro tempo foi eletrizante. Santa Cruz fechadinho, marcando forte desde a saída de bola do Sport. Na defesa, uma linha de quatro quase intrasnponível. E na área, a muralha Tiago Cardoso que se transformou no nome do jogo logo nos primeiros 45 minutos de jogo.

O Sport foi a campo sem mudanças na escalação em relação ao primeiro jogo, no Arruda. A única mudança foi de posicionamento. Felipe Menezes atuou mais recuado, no meio de campo, enquanto Marcos Aurélio foi mais à frente. Cada um no seu quadrado.

Mas o Santa Cruz foi mais eficiente. A defesa encontrou facilidade para anular o lento ataque rubro-negro, enquanto na frente, o Tricolor encontrou o caminho das redes. Aos 26 minutos, Raul lançou e Flávio Caça-Rato, após driblar Magrão, abriu o placar.


Marcação impecável do Santa Cruz prevaleceu na Ilha do Retiro/Foto: Bobby Fabisak/ JC Imagem

Até aí, o nome do jogo de forma positiva era Flávio Caça-Rato. Correu o campo todo, participou das jogadas e fez o gol. Mas o Sport acordou. Passou a jogar com mais velocidade e trocando passes. O Leão sufocou o adversário o quanto pode. Foi quando o goleiro Tiago Cardoso roubou a cena. Fez três grandes defesas para deixar o torcedor do Sport com o grito de gol entalado na garganta. Quando não deu para defender, a trave ajudou. Felipe Menezes entrou na área e bateu cruzado. A bola caprichosamente bateu no pé do poste.

O Sport dominou o meio-de-campo, enquanto o Santa Cruz se segurava. Foi quando Flávio Caça-Rato apareceu no jogo novamente. Desta vez de forma negativa. O atacante havia recebido cartão amarelo na hora da comemoração do seu gol (levantou a camisa). Nos minutos finais do primeiro tempo, ele foi dominar a bola com a mão, o árbitro acertadamente mostrou o segundo cartão amarelo e o vermelho.

O primeiro tempo terminou tenso, com os torcedores do Santa Cruz nervosos pela expulsão de Caça-Rato e com os torcedores do Sport esperançosos em ver o Leão aproveitar a desvantagem no placar e vencer o jogo.

Com um atleta a menos em campo, a tática do Santa Cruz no segundo tempo não poderia ser outra a não ser se fechar na frente da área. Foi quando ficou evidente a raça dos jogadores corais. Eles se empenharam ao máximo para não dar espaços ao time rubro-negro. Disputaram todas as bolas como um faminto em busca de um prato de comida. O Sport, de fato, teve posse de bola, volume de jogo, mas não conseguiu transpor a defesa coral.

Os únicos lances de perigo do Sport foram uma cabeçada do atacante Érico Júnior, que livre na grande área, mandou a bola para fora, um chute de Marcos Aurélio, que Tiago Cardoso não conseguiu segurar e Mateus Lima conseguiu aproveitar o rebote, mas a zaga afastou. Poucos lances para a equipe que precisava ganhar o jogo.


Sandro Manoel fez o gol que sacramentou a vitória do Santa Cruz/Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

O Santa Cruz se fechou para esperar a hora certa de contra-atacar. E o time coral ganhou mais espaço para essa tática quando viu o técnico Sérgio Guedes tirou o zagueiro Maurício para a entrada de Mateus Lima. O time rubro-negro ficou completamente desguarnecido na zaga. E o Tricolor, mesmo sem atacantes, pois Dênis Marques já havia sido substituído por Sandro Manoel, acabou sendo mais perigoso. Até que o próprio Sandro conseguiu fazer um belo gol, após um "já vai" em Tóbi e mandar a bola no ângulo de Magrão.

Nos dois jogos diante do Sport, duas vitórias, três gols marcados e nenhum sofrido. O Santa Cruz conquistou a "Trilha" (tricampeão na Ilha) de uma forma merecida e incontestável.


A alegria de Everton Sena após a conquista de mais um título pelo Santa Cruz/Foto: Edmar Melo/JC Imagem

Nenhum comentário:

Postar um comentário