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terça-feira, 4 de junho de 2013

Monteiro se movimenta rumo ao governo de PE



Enquanto o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), não decide se disputará a eleição presidencial no próximo ano, o senador Armando Monteiro (PTB-PE) já estaria sendo assediado para formar uma chapa, que incluiria o deputado federal João Paulo (PT-PE), e o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), segundo o colunista Ilimar Franco, do jornal o Globo. Para o cientista político da UFPE, Michel Zaidan, caso Monteiro concretize uma postulação com o João Paulo, o apoio de Lula e Dilma será fundamental para alavancar sua candidatura

PE247 – ENQUANTO O GOVERNADOR DE PERNAMBUCO, EDUARDO CAMPOS (PSB), NÃO DECIDE SE DISPUTARÁ A ELEIÇÃO PRESIDENCIAL NO PRÓXIMO ANO, AS DISCUSSÕES VISANDO O PLEITO ESTADUAL JÁ COMEÇARAM. DIANTE DESTE CENÁRIO, O SENADOR ARMANDO MONTEIRO (PTB-PE) ESTARIA SENDO ASSEDIADO PARA FORMAR UMA CHAPA, QUE INCLUIRIA O DEPUTADO FEDERAL JOÃO PAULO (PT-PE), E O MINISTRO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, FERNANDO BEZERRA COELHO (PSB-PE), DE ACORDO COM INFORMAÇÕES DA COLUNA DE LIMAR FRANCO, DO JORNAL O GLOBO. PARA O CIENTISTA POLÍTICO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO MICHEL ZAIDAN A TRANSFERÊNCIA DE VOTOS DO PARLAMENTAR PETISTA É UM “MISTÉRIO”. CASO SEJA CONCRETIZADA UMA CHAPA JUNTO COM JOÃO PAULO, O ESTUDIOSO AFIRMA QUE O APOIO DE LULA E DILMA SERÁ FUNDAMENTAL PARA ALAVANCAR A CANDIDATURA DE ARMANDO.

Diferentemente de outras figuras do cenário político nacional, como o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Armando Monteiro não manifestou, até o momento, uma posição favorável à candidatura de Campos ao Palácio do Planalto, muito embora tenha dado uma série de sinais indicando esta possibilidade, mesmo com o PTB adotando uma postura de “independência” em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
Mas o fato é que o petebista tem demonstrado, cada vez mais, a sua vontade de disputar a eleição para governador do Estado, tanto é que nos dias 13, 15 e 20 do mês passado, foi veiculada a inserção partidária do senador. Com o slogan “PTB, Pra Pernambuco seguir em frente”, onde o senador ressaltou os investimentos feitos na economia pernambucana, porém defendeu mais atenção do Poder Público em áreas como saúde, educação e segurança.
A inclusão de João Paulo, ex-prefeito do Recife, na chapa com Armando Monteiro é outro fato que chama a atenção. Após o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, condenado a dez anos de prisão pelo envolvimento no caso do Mensalão, ter dito no dia 15 de abril, durante o evento “O Decênio que mudou o Brasil”, que o PT terá candidatura própria no estado, a postulação do petebista em aliança com João Paulo teria duas explicações.
A primeira estaria no fato de o PT pernambucano ainda estar desunido, após o racha interno registrado em 2012, durante as prévias partidárias na eleição municipal do Recife. Enquanto o presidente estadual da legenda, Pedro Eugênio, apoiava o candidato Maurício Rands, bem como Eduardo Campos, o senador Humberto Costa e o próprio João Paulo, o dirigente municipal, Oscar Barreto, apoiava o então prefeito João da Costa, que tentava a reeleição. Mas a Executiva nacional do PT cancelou a disputa por denúncias de fraudes e tensões que poderiam prejudicar a imagem do PT perante a sociedade.
O desfecho do pleito foi a vitória de Geraldo Júlio (PSB), que acabou com a hegemonia de 12 anos do Partido dos Trabalhadores frente à Prefeitura do Recife (PCR). Mesmo assim, o segundo motivo que explicaria a formação de uma aliança com os petistas estaria no fato do deputado João Paulo ter deixado o Executivo recifense com quase 90% de popularidade, conforme pesquisas oficiais.
Em entrevista ao Pernambuco 247, o cientista político da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Michel Zaidan afirma que a transferência de votos do deputado João Paulo para Armando Monteiro, caso o petebista saia candidato, é uma incógnita. “João Paulo tem alta popularidade na Região Metropolitana. Ela transfere votos ou não transfere? Na eleição municipal (2012) não transferiu”, lembra o estudioso, em referência ao fato do parlamentar petista ter sido vice do senador Humberto Costa na eleição do Recife.
De acordo com o analista, o senador petebista não tem capilaridade suficiente no Estado para ter uma candidatura competitiva. “O apoio de Lula e Dilma será fundamental para alavancar a candidatura de Armando”, acrescentou. Mesmo com o apoio do ex-presidente Lula (PT) a Humberto Costa no pleito 2012, o candidato Geraldo Júlio, indicado pelo governador Eduardo Campos, venceu a disputa no primeiro turno.
Para Zaidan, o “cacique” petista adotou tal postura apostando no apoio de Campos à reeleição da presidente Dilma. No entanto, caso o gestor pessebista dispute a eleição presidencial, Lula e Dilma terão uma atuação mais incisiva no apoio ao palanque do PT em nível estadual.

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