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domingo, 29 de setembro de 2013

Pirâmides: cem dias de problemas

 Após o bloqueio da Telexfree, outras empresas, como Priples e BBom, também foram impedidas de funcionar até que a Justiça aprecie as denúncias do MP



Quem está bloqueado quer liberar, quem está solto quer bloquear. É o resumo de cem dias após o início do cerco às empresas suspeitas de serem pirâmides financeiras. Das sete primeiras investigadas, as três paralisadas pela Justiça provocam reclamações de quem diz só ter perdido dinheiro por causa da paralisação da Telexfree, BBom e Priples. Por outro lado, das quatro não bloqueadas, três são alvo recorrente de críticas por atrasos de pagamentos ou ausência de depósitos, a NNex, Multiclick Brasil e Multilike. Só em uma das sete primeiras investigadas, a Cidiz, as queixas, quando registradas em sites como o Reclame Aqui, são relativas a produtos, não a “retorno garantido”.

O Ministério Público do Rio Grande do Norte deu início às investigações sobre as sete em junho. A primeira paralisação de uma suspeita de ser pirâmide ocorreu no dia 18 daquele mês, o congelamento da Telexfree.

Em todos os casos, a questão é a mesma: as empresas alegam usar uma estrutura de distribuição chamada de marketing multinível, uma rede de pessoas, para vender e anunciar produtos. As suspeitas de pirâmides vem, no geral, pela cobrança de alguma adesão e bônus pela indicação de novos associados.

Enquanto a parada da BBom, Telexfree e Priples provocam revolta contra a Justiça, na Multilike, Multiclick e NNex a queixa é pela falta de socorro.

Na Multilike, a adesão partia de R$ 60 para quem quisesse ganhar até 1.000% ao mês clicando em anúncios de Facebook. Mas desde julho as redes sociais e site Reclame Aqui estão cheios de queixas por atraso de pagamento. Pelo perfil da empresa no Facebook, Benhur Zanfir, diretor de Marketing da Multilike, justifica os atrasos como manutenção e mudança na platafoma de pagamentos.

A Multiclick Brasil tem pedido compreensão e confiança de quem investiu a partir de R$ 595 no negócio. O presidente da empresa, Wagner Alves,o faz questão de tratar do clima de insatisfação pela falta de pagamentos: gravou um vídeo em que diz que o problema foi “corrupção” dentro da empresa. Ele tem reiteradamente prometido que os investidores não vão sair no prejuízo e alega que os pagamentos, com o tempo, serão regularizados.

No caso da NNex – Negócios do Século XXI, é preciso ficar atento, porque os próprios investidores, além de fazerem reiteradas queixas sobre atrasos no pagamento e falta de respostas da empresa, ainda dizem que a companhia tem apagado as críticas feitas pelas redes sociais. A empresa reduziu o valor do retorno semanal e tem atrasado pagamentos.

A NNex não se justifica nas redes sociais. Em 15 de agosto, em matéria publicada no JC, o diretor de comunicação da empresa, Harry Nicolau Johann, diz que a empresa vende serviços e produtos físicos, como perfumes. Na época, ele afirmou que as queixas eram poucas, considerando a quantidade de associados, e prometeu lançar novos produtos em 30 ou 40 dias. Mas ela ainda não divulgou seu novo “Negócio do Século XXI”.

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