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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Policiais federais farão paralisação de 24h nesta terça-feira


Nesta terça-feira (11), agentes federais, escrivães e papiloscopistas de Pernambuco farão a primeira de três paralisações pontuais, agendadas para os meses de fevereiro e março. Liderados pelo Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Pernambuco (Sinpfpe), os policiais federais pernambucanos irão parar em adesão à greve de 24 horas que acontece em todo o país.

O movimento foi motivado pelas mesmas causas que promoveram o "Algemaço", na última sexta-feira (07). Segundo o sindicato, más condições de trabalho, desaparelhamento da polícia, corte do orçamento, perdas salariais, entre outros. Nesta terça, a concentração será na Superintendência da PF, no Cais do Apolo, a partir das 9h. Os policiais irão oferecer café da manhã.

Através de nota oficial, o sindicato informou o ato público e adiantou que uma das principais revoltas dos profissionais da PF é contra uma política de segurança pública que não valoriza os servidores, cujo trabalho é combater o tráfico de drogas, armas e a corrupção. No documento, disse que a categoria amarga um congelamento salarial de cinco anos, imposto pelo Governo Federal, já que o último reajuste simbólico foi de 3,4%, em 2009, e a conseqüência são perdas salariais superiores a 40%.

Outra reclamação dos policiais federais é que, faltando apenas quatro meses para uma Copa do Mundo no país, não existe ainda um planejamento concreto em relação à segurança. Ainda na nota, informou que a Federação Nacional dos Policiais Federais denuncia que o trabalho da Polícia Federal no combate à corrupção está incomodando e fazendo com que a categoria seja “castigada” pelo Poder executivo. "O resultado é que tamanha crise tem provocado conseqüências devastadoras entre a categoria e até gerado um número de suicídios gritante. A PF hoje é considerada a categoria que apresenta o maior índice de suicídio do país. Outro agravante diz respeito às evasões de profissionais, chegando a 250 policiais federais por ano, em todo o Brasil, que estão migrando para outros órgãos através de novos concursos públicos", explicou o sindicato na nota.

O documento adianta que, segundo o Ministério do Planejamento, existem aproximadamente três mil cargos policiais autorizados por Lei, mas ainda não ocupados na PF.

Paralisação
Segundo o presidente do Sinpef/PE, Marcelo Pires, a expectativa é que a greve tenha adesão significativa e que a maioria das atividades em Pernambuco seja suspensa, permanecendo em atividade, 30% do efetivo – conforme exigência em lei -, tanto na Superintendência, quanto em unidades da Polícia Federal no aeroporto, Porto do Recife e nos municípios de Caruaru e Salgueiro.

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