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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Segundo "desconhecido" no jogo da sucessão

Geraldo teve a ajuda de Eduardo e damilitância ao ir às ruas foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A PRESS

Primeiro foi Geraldo Julio, o atual prefeito do Recife. Agora é Paulo Câmara, atual secretário estadual da Fazenda. Ambos auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Integrantes da chamada tropa de elite do governador Eduardo Campos, eles são técnicos e começaram a ser preparados pelo líder socialista para as disputas eleitorais no primeiro ano de sua gestão, em 2007. Assim como aconteceu com Geraldo em 2012, Paulo começará a pré-campanha no anonimato. Mas terá como diferencial e desvantagem a ausência nas ruas do seu maior cabo eleitoral. Eduardo estará percorrendo o país atrás de votos para sua candidatura à Presidência da República.

Longe do maniqueísmo que fez dos nomes de Campos e do ex-governador Miguel Arraes candidatos naturais do PSB entre 1986 a 2010 (com exceção de 2002, quando o candidato foi Dilton da Conti, apenas para reforçar a candidatura de Anthony Garotinho a presidente da República), Geraldo e Paulo também têm em comum a disciplina. Seguem a cartilha não apenas do PSB, mas do próprio Eduardo. Enquanto o primeiro era visto como o melhor planejador do governo, o segundo é, entre os eduardistas, o que tem a maior capacidade de negociação e comando de equipe.

A desvantagem da ausência de Eduardo na campanha, entretanto, dá a Paulo a chance de ser um candidato que caminha com as próprias pernas. Afinal, as críticas em 2012 contra Geraldo giravam em torno do fato de ele não ter apresentado personalidade político-eleitoral própria, ficando à sombra do governador.

Geraldo foi às ruas, arrastou multidões, subiu nos palanques, discursou com o apoio de cursos de media training e, em muitos momentos, precisou dizer quem era Geraldo. Paulo terá que fazer o mesmo, mas a tática a ser usada pela coordenação da campanha deve ser outra. Até mesmo porque sua responsabilidade de ganhar o pleito é maior quando seu nome servirá de suporte para o novo vôo de Campos, rumo ao Palácio do Planalto.

Glauce Gouveia - Diario de Pernambuco

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