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quinta-feira, 17 de março de 2016

Abestalhamento televisivo.

Edson Tavares

Chego a ficar abestalhado com o que a Rede Globo consegue fazer com boa parte do povo brasileiro. Não bastassem seu nascimento no seio de uma ditadura, a explícita manipulação dos fatos cotidianos, a força ideológica de tentar fazer as pessoas acreditarem como verdade o que é mero teatro, essa rede de comunicação consegue a proeza de manter, por dezesseis anos seguidos, um lixo televisivo, um programa espúrio, que zomba, todas as noites, da inteligência do povo brasileiro.


Esse BBB é tão polêmico (no sentido pejorativo) que consegue a aversão até mesmo de altos funcionários e ex-mandatários da platinada, e, no entanto, consegue se manter no ar, ano após ano, e a cada temporada menos criativo, mais repulsivo, mais canastrão: um bando de alienados, caricaturas mal feitas de gente, em busca de fama, protagonizam um teatrinho de quinta categoria, enchendo a paciência dos que não têm estômago para “dar uma espiadinha” naquela luxuosa caverna de mediocridades.

E meu abestalhamento se expande quando encontro acirradas discussões nas filas de banco ou salas de espera de consultórios médicos, sobre os acontecimentos do programa, sobre quem ficou com quem, quem comeu quem, quem foi para o paredão, como se fosse a coisa mais importante que estivesse acontecendo no país.

A despeito da insistência em manter essa porcaria no ar, a audiência desse esgoto global vem despencando, ano a ano, felizmente. Cada vez mais pessoas ensaiam outras opções de diversão, descobriram que existe um aparelho mágico que acompanha o aparelho de tv, chamado controle remoto, que pode nos levar a outros espaços menos caóticos (se bem que estou preocupado em usar o plural aqui...).

O fato mesmo é que, no final das contas, para mim, o BBB é bastante instrutivo: sempre que começa, eu desligo a tv e pego um livro para ler. A ver se consigo ficar menos abestalhado.

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