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terça-feira, 19 de julho de 2016

Crise interrompe projetos de reeleição de 13% dos prefeitos em Pernambuco



Arrocho nas contas públicas e repasses cada vez mais escassos fazem um em cada 10 prefeitos desistir de tentar voltar
Marcela Balbino

Dos 134 gestores que podem concorrer à reeleição, 17 declararam que não vão para disputa e número pode ser ainda maior, em função do julgamento das contas pelo TCE
Foto: Fotos Públicas

Em meio ao arrocho nas contas públicas e com repasses cada vez mais escassos, um em cada dez prefeitos de Pernambuco desistiu de dar continuidade aos projetos políticos, declarando que estão fora da disputa em outubro. Durante uma semana, o JCouviu gestores e partidos e mapeou que quase 13% dos políticos aptos para tentar reeleição recuaram do páreo. O número pode ser ainda maior, uma vez que alguns prefeitos podem ter as contas rejeitadas ficando inelegíveis.

Dos 184 prefeitos do Estado, 111 declararam que vão para reeleição, outros 17 se colocaram fora da disputa e 50 mandatários não podem pleitear a vaga, pois já estão no segundo mandato. Seis gestores que podem disputar o segundo mandato não foram localizados para declarar se vão encarar a campanha. 


Prefeito de Goiana, Fred Gadelha (PTB), anunciou na última sexta que estaria fora do páreo este ano. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Prefeitos de cidades importantes do Grande Recife e da Zona da Mata também saíram da disputa. Semana passada, o prefeito de Goiana, Fred Gadelha (PTB), desistiu da reeleição. Nos últimos meses, o gestor sofreu duras derrotas políticas, quando quatro vereadores deixaram a base governista, incluindo o presidente da Câmara.

Apesar da crise, Goiana recebeu ano passado a fábrica da Jeep, cujo investimento foi de R$ 7 bilhões e gerou, em média, 4,5 mil empregos. O prefeito não foi localizado para comentar a situação.

Já no início do ano, quando o tema eleição ainda nem era palpitante, o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Vado da Farmácia, também anunciava a desistência do pleito. Na ocasião, ele reuniu o secretariado e sinalizou quem apoiaria na disputa. 


Prefeito de Moreno, Dilsino Gomes (PSB), divulgou uma carta aberta à população informando que não ia participar da disputa em outubro. Foto: Divulgação

Em Moreno, o socialista Dilsinho Gomes impôs medidas duras na área administrativa e, em função disso, ficou eleitoralmente fragilizado para enfrentar as urnas. Ele justifica que não há vaidade política ou projeto político pessoal. "O objetivo era organizar as contas da cidade", disse.

João Marcos Siqueira Torres (PSD), prefeito de Ipubi, adotou um tom de franqueza ao justificar a desistência da reeleição. "Não vou assumir compromissos que não poderei cumprir."

Com pouco mais de 37 mil habitantes, a cidade de Aliança, na Mata Norte, também terá novo prefeito em 2017. A impopularidade do atual gestor, Cláudio Fernando Bezerra (PSB), o fez desistir da campanha por um segundo mandato. No fim do ano passado, os servidores do município pressionaram a Câmara dos Vereadores para criar uma CPI e investigar a gestão do socialista.

VEJA LISTA DOS PREFEITOS QUE DESISTIRAM DA REELEIÇÃO:

Aliança - Claudio Fernando Guedes Bezerra (PSB)
Cabo de Santo Agostinho - Vado da Farmácia (Sem partido)
Cabrobó - Auricélio Torres (PSB)
Carnaíba - José Mário Cassiano Bezerra (PSB)
Condado - Sandra Félix (PSDB)
Ferreiros - Gileninho Gouveia (PSB)
Gravatá (Bruno Martiniano foi afastado e está sem legenda)
Goiana - Fred Gadelha (PTB)
Ipubi - João Marcos Siqueira Torres (PSD)
Itacuruba - Gustavo Cabral Soares (PSB)
Moreno - Adilson Gomes Filho (PSB)
Santa Cruz - Gilvan Sirino de Almeida (PR)
São José da Coroa Grande - Elianai Duarte Gomes (PDT)
Terra Nova - Laerte Freire (PR)
Timbaúba - Junior Rodrigues (PSB)
Venturosa - Ernandes Bezerra (PR) 
Vertentes - Allan Kardec Bezerra da Silva(PSDB)

Marcela Balbino J.C

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