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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

“Nosso governo é para valorizar a infraestrutura para o cidadão” – afirma Antônio de Roque


Fotos: Elivaldo Araújo

Na manhã desta sexta-feira (09) foi realizada mais uma entrevista com candidatos a prefeito pela Polo FM.

Desta vez, o entrevistado pelo radialista e blogueiro Ney Lima foi o candidato Antônio de Roque (PMDB), da cidade de Jataúba. Com quatro mandatos de prefeito, o político, que iniciou sua vida pública em 1992, busca conquistar seu quinto mandato.

Na entrevista, o candidato falou sobre a diminuição gradual de votos conquistados frente a Oposição em relação a outras eleições, as alianças e apoios, o não cumprimento de propostas presentes em plano de governo anterior, além das suas atuais propostas para o município.

Confira os principais momentos dessa entrevista.

Diminuição da vantagem de votos em relação a adversários

O candidato foi questionado sobre a diminuição da vantagem de votos nos últimos pleitos em relação a seus adversários, sendo que, a última eleição, a vantagem foi de apenas 148 votos.

Questionado sobre o porquê de isso ter acontecido, especialmente em relação ao último pleito, ele afirmou:

“Houveram algumas dificuldades e a população acho que não entendeu a mensagem ou a administração (de seu antecessor) e, quando eu voltei para disputar a eleição em 2012, só consegui me eleger com 148 votos. Eu respeito muito o povo, naquele momento se tinha um sentimento de mudança, não sei se política ou administrativa, mas tive a felicidade de ser eleito com essa margem bem difícil” – disse..

Perca de apoios políticos, em especial na Zona Rural

Antônio de Roque foi questionado sobre a perca de apoios políticos, em especial na zona rural. O político citou a perda de lideranças como Nildo das Empoeiras, do atual vice-prefeito Luzimário, a vereadora Vanessa entre outros.

O candidato citou que via com naturalidade a perca de apoios, colocando como causa a sua forma de administrar que, segundo o mesmo, seria “para o povo”. Questionado se esse argumento não mostraria insegurança aos seus correligionários, militantes e lideranças, ele respondeu:

“Isso mostra sim uma certa insegurança. A liderança faz parte do grupo, da comunidade. Uma das lideranças que eu tinha nas Empoeiras era Nildo. Ele saiu, mas a população não entendeu a saída dele, a população ficou mais ligada a mim. Ele já tinha saído na eleição de governador e foi uma das regiões que meus candidatos tiveram mais votos foi lá na região dele” – disse..


Comentários sobre estar financiando campanha de Chico de Irineu

Questionado sobre as informações de bastidores, e também de um de seus principais adversários na eleição (Fábio Mamão-PSB) de que o mesmo estaria financiando a candidatura de Chico de Irineu (PSD), como forma de dividir a Oposição em Jataúba, o mesmo foi enfático:

“Essa questão de que eu estaria por trás ou que meu grupo estaria por trás da candidatura de Chico de Irineu, isso não procede. Realmente, é uma conversa que eu acho que meus adversários estão falando algo que não tem nada a ver” – disse.

Antônio chegou a confirmar também que houveram contatos entre seu filho e o então candidato Chico de Irineu, de março para abril, com a proposta vinda de Chico para ser então o vice na disputa contra Fábio Mamão.

“Eu disse que só tinha como compor a vereador, mas para vice-prefeito não existe esse contato. Estamos definidos. Ele teve uma conversa com meu filho, com Jackson, e essa conversa ele adiantou para adiantar para mim, mas comigo, eu disse que não haveria mais condições” – pontuou..

Propostas não cumpridas do Plano de Governo proposto em 2012 e críticas a propostas de adversários

O candidato também foi questionado por propostas feitas em seu Plano de Governo proposto nas eleições 2012 e que não foram cumpridas.

Entre elas estavam a implantação da Guarda Municipal, um novo Matadouro Público e implantação de concurso público. De acordo com Antônio de Roque, as mesmas não foram cumpridas e que estão repetidas no atual plano de governo.

Segundo ele, devido à crise econômica que atingiu os municípios com a queda de recursos de outras fontes (estadual e federal) e fez críticas a propostas de adversários a exemplo de um Polo Municipal de Feiras.


“Eu assisti um cidadão dizer que faria um bloco cirúrgico, fazer tudo… Mas como? se não tem recurso?! Eu tenho muitas ideias boas para Jataúba, mas isso se precisa ter recurso” e completou: “Não vou prometer isso porque é uma situação delicada, mas os meus adversários estão prometendo isso. Temos também a dificuldades de estarmos em uma cidade pequena, de porte menor e com um polo de confecção muito grande e vizinho. O abastecimento que tem em Santa Cruz é muito grande e para se poder implantar um sistema desse, teria que implantar com uma condição de que o próprio comerciante da região do polo de Santa Cruz também fosse atraído para Jataúba. Coisas pequenas… Se for fazer uma coisa pequena, fica muito difícil de atrair o feirante do sertão ou lá de cima. Aqui nós temos a calcinha e a cueca, mas lá tem tudo. Não vou dizer que não defendo essa tese, mas tem que se ter recurso. Prometer que vai fazer sem ter recurso, é muito difícil” – disse.

O candidato citou que os seus concorrentes estariam prometendo tal espaço sem conhecer os recursos da atual máquina pública. Quanto a viabilização das propostas, o mesmo citou que espera mudanças no quadro econômico do pais, especialmente para a chegada de recursos federais..

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Falta de iniciativas em Jataúba para amenizar a falta de água

Antônio de Roque também foi questionado pela falta de iniciativas que possam amenizar o problema da falta de água em Jataúba a exemplo de outras cidades como Santa Cruz, Toritama e Caruaru, que buscam medidas a exemplo do Sistema Pirangi.

O político citou as dificuldades como a não conclusão da Adutora do Agreste e também citou que já entregou ao Governador Paulo Câmara um ofício sobre a questão do Sistema Pirangí, mas quanto a formas para que isso possa ser amenizado, destacou que espera as mudanças climáticas.

“Você prometer no palanque que vai chegar água em Jataúba para o ano que vem, é certo, mas se o Governo do Estado e o Federal tiverem condições para trazer, tudo bem, mas fora da natureza, como será que vai resolver? Quando colocaram a água de Poço Fundo, disseram que duraria 10 anos, mas como se esse manancial não suporta 10 anos?!” e completou: “Os administradores aqui na Terra tem algumas soluções, mas soluções que vão demorar a chegar. A água da Adutora do Agreste vai demorar, a água do Pirangí, se chegar, vai demorar… Enquanto a natureza não colaborar em face de água, municípios como Jataúba terão muitas dificuldades” – pontuou.

O político também foi questionado quanto a necessidade de se perfurar poços artesianos, mas destacou que existem dificuldades de se conseguir água por essa via, afirmando que o município tem um prognóstico de estudos pessimistas quanto aos relatórios do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA).

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Ponto polêmico do Plano de Governo

Um ponto tido como controverso em seu Plano de Governo, mesmo com respaldo de uma lei municipal, é o pagamento de passagens para que desempregados do município possam buscar trabalho em outras cidades.

Questionado se não seria melhor que o município pudesse oferecer esses empregos, ele foi enfático:

“Se Jataúba não tem, a gente dá. A prefeitura sempre paga essas viagens porque, se você está desemprego e não se tem o emprego em Jataúba, mas ele pode buscar em São Paulo ou no Rio, a gente dá essa ajuda” – disse.

Questionado se essa iniciativa não seria algo que não caberia a realidade atual, especialmente com os incentivos já existentes, a própria confecção de Jataúba e a adoção de mais medidas para que os empregos fiquem no município, ele completou, destacando a dificuldade de criação de postos locais de trabalho.

“Cabe, mas o desemprego está nacional, não está só em Jataúba, mas em todo canto. Mesmo no polo de confecções, onde é forte, há o desemprego. Criamos esse programa para beneficiar aquele que está desempregado. Se não temos o emprego… Incentivar o emprego é importante, mas incentivar o emprego em quê hoje? Qual a área que se incentiva o emprego?! O grande problema é que, com a morte que está a agricultura, quando ela está com dificuldade como ela está hoje, com nossos agricultores sofrendo… Acabou-se aquele negócio do feijão, da fava e do milho, que se tinha em casa. Estamos há cinco anos sem lucrar em Jataúba. Aí o cidadão busca o emprego e não acha… Aí damos essa ajuda para que ele busque viver, tentar buscar a vida para a família fora. Se ele não tentar isso, vai ficar como?!” – pontuou.

Propostas para a Educação

Questionado sobre esse ponto, o candidato citou a organização, segundo ele, das atuais escolas existentes no município e que a construção de novas escolas não seria algo prioritário no momento porque, segundo ele, a taxa de alunos que estudam na rede pública tem se mantido estável.

Já para o futuro, o mesmo destacou a necessidade de construção de quadras esportivas e que isso será objetivo a ser alcançado, caso reeleito.

Blog do Ney Lima 

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