Fora do chamado grupo de risco no primeiro ano da pandemia, e, por consequência, também fora dos testes para a maioria das vacinas desenvolvidas até o momento, casos pediátricos e óbitos por coronavírus começam a chamar a atenção em todo o mundo.
Atualmente, o Brasil é o 2º país no ranking de óbitos de crianças por covid-19. Até o meio de maio, segundo dados do Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (Sivep-Gripe) 948 crianças de 0 a 9 anos haviam morrido em decorrência do coronavírus – 32 a cada um milhão de crianças. Esse número nos coloca atrás somente do Peru, onde a relação está de 41 por milhão. Segundo a mesma entidade, em março e abril de 2021 (considerados os dois piores meses no país desde o início da pandemia), hospitais do Brasil todo registraram mais de 23 mil novas internações de pacientes pediátricos.
Em paralelo, a China acaba de anunciar a aprovação do uso emergencial da Coronavac em crianças e jovens entre 3 e 17 anos. Considerando ainda o fato de que, no Brasil, os grupos de risco de infecção e óbito pela doença vêm reunindo pessoas cada vez mais jovens – muito em razão da evolução do processo de vacinação dos idosos – o entendimento de que crianças e adolescentes teriam menores riscos de complicações cai por terra e começa a preocupar pais e especialistas.
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