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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Coluna da quarta-feira

    O recado, a irritação e o Estadão
A entrevista que o governador Eduardo Campos (PSB) concedeu ao Estadão (jornal o Estado de São Paulo), publicada na edição de segunda-feira passada, deu o maior tititi no Planalto e provocou frisson no gabinete da presidente Dilma.
Pela segunda vez, em menos de um mês, o líder socialista meteu o dedo na ferida: a debilitada política econômica da era petista. Disse que para tentar se reeleger sem sustos, Dilma terá que arrumar a economia.
“A pauta da microeconomia já está esgotada. O Estado não pode dar um cavalo de pau nas regras. O consumo não terá a mesma importância dos últimos seis anos.
E é preciso conquistar o empresariado para um projeto de crescimento, algo que a presidente tem que fazer com atitudes e palavras”, advertiu.
Para mandar este recado ao Governo, o governador escolheu o canal adequado: o Estadão é o jornal mais conservador do País, que fala para a elite paulista e está na mesa de cada oito de 10 dos grandes representantes da fina flor do PIB nacional.
Na campanha presidencial de 2010, o Estadão foi o único meio de comunicação nacional a declarar preferência por um candidato em editorial de primeira página: José Serra (PSDB), derrotado por Dilma. Sem a menor cerimônia, vale o reforço.
Daí, a irritação da presidente com as advertências do governador e com o espaço dado pelo jornal a um líder em ascensão no País e que representa, hoje, uma das alternativas da oposição para enfrentá-la nas eleições de 2014.
SOBRESSALTO – Em cima da chamada tese do Pacto Federativo, o governador deslanchou na entrevista ao Estadão. Deve ter irritado à equipe econômica quando criticou o corte nos repasses constitucionais. “As previsões de receita que a Fazenda faz para municípios e Estados estão inteiramente fora do repasse dos tributos da União. Começaram o ano dizendo que era 14% e vai terminar com menos 2%. É óbvio que uma previsão como essa deixa os parceiros em sobressalto”.
Caiu a máscara - O presidente da Câmara de Caruaru, Licius Cavalcanti (PCdoB), fecha sua gestão como falso moralista. No discurso vago e sem consistência sobre redução de custos da Casa escondeu, na verdade, o seu salário de marajá: 18 mil. E que foi revelado, ontem, pelo repórter Thiago Lins, da equipe deste blog.




Para o beleléu - A reforma política no Congresso travou. Os partidos não querem o fim das coligações proporcionais. Ficou também complexa a fórmula de distribuição dos recursos de financiamento público e o projeto não impede, na prática, o fim do caixa dois. Não há, na verdade, pontos mínimos de consenso. A Câmara não vota sequer parte da reforma.
Olho no lance - Deu na coluna de Ilimar Franco, de O Globo: “O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), passou o domingo em Fortaleza (CE) acompanhando a reinauguração do estádio Castelão, o primeiro da Copa do Mundo. Presenciou todas as mesuras de autoridades e populares pelo aniversário da presidente Dilma”.
Cota tucana - O prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), teve uma longa conversa, ontem, com o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra. E bateu o martelo em cima da cota que a legenda tucana terá na reagrupação do seu secretariado. Guerra evitou candidatura própria do PSDB para apoiar a reeleição do comunista em Olinda.




CURTAS
PTB DERROTADO– O prefeito reeleito de Vicência, Paulo Tadeu (PSB), fez uma manobra, ontem, impedindo que o PTB passasse a presidir a Câmara de Vereadores. Sua bancada, formada por cinco vereadores, aceitou apoiar a indicação do peemedebista José Abdon, o Bidoga, derrotando Francisco Barbosa, do PTB.
INDECISO– O secretário municipal da Copa, Amir Schwartz, ainda não decidiu se aceitará o convite do prefeito eleito de Paulista, Júnior Matuto (PSB), para assumir a Secretaria de Planejamento. Ele está mais motivado a aceitar convite para regressar à iniciativa privada.
PERGUNTAR NÃO OFENDE – Quando os mensaleiros verão o sol nascer quadrado?
"Melhor é o que se estima em pouco, e tem servos, do que o que se vangloria e tem falta de pão". (Provérbios 12:9)

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