O Gestor de Brejo da Madre de Deus, Hilário Paulo (SDD) enviou, para Câmara de Vereadores local, projeto de lei que pretende atualizar a Estrutura Administrativa da prefeitura. De acordo com Hilário, o projeto deve aprimorar as pastas existentes e trazer economicidade para o município. Vereadores de oposição fizeram críticas e observações no projeto, no intuito de modificar questões que, de acordo com eles, prejudicariam o município. Além disso, estaria faltando mais “explicações” em alguns artigos.
Em participação no Programa Rádio Debate, na manhã desta quinta-feira (16), Hilário rebateu e argumenta que os vereadores não entenderam o projeto. Para ele, ‘pelo tamanho e importância de alguns distritos, citando São Domingos, se faz necessária a criação de secretarias adjuntas de obras, educação e defesa social’, por exemplo.
Em uma das novas pastas criadas, Hilário aproveitou para fazer criticas também ao ex-prefeito Roberto Asfora (PSDB). De acordo com ele, no período de gestão do adversário existia um funcionário para ‘assuntos especiais’, que não ficava na cidade, mas em Boa Viagem. Agora, segundo Hilário, esta pasta passará a ser respondida pelo vice-prefeito, Josevaldo, como ‘articulação política’, sem gastos a mais para o município, já que Josevaldo receberá apenas o salário de vice.
Em relação ao impacto financeiro, o prefeito diz ainda que, apenas em salários de secretários, serão reduzidos R$ 24 mil mensais, melhorando trabalhos na segurança, educação e comunicação.
Sobre as secretarias adjuntas para o Distrito de São Domingos, ele disse que sente uma ‘discriminação’ por parte de adversários.
“Esses vereadores tem que entender, que o distrito de São Domingos é maior que a sede e que temos que ter um olhar especial. Às vezes eu sinto que o povo de São Domingos começa a ser discriminado quando começa a ter oportunidades”, falou.
Jobson Barros e Robertinho Asfora rebatem alegações do prefeito
Para Jobson faltou mais detalhes e esclarecimentos nessa redução de gastos, bem como em parte do texto em que “retroagi pagamentos”
“Precisamos entender qual o impacto financeiro que o município vai ter. Precisamos ter cuidado, cautela, para que a coisa seja feita da forma transparente. Fomos eleitos para tratar com respeito e carinho o dinheiro do povo”, falou.
Jobson também diz que no projeto não especifica que o vice-prefeito será o secretário de articulação política. “Não conseguimos adivinhar”, ironiza.
Já Robertinho disse que o prefeito tenta ‘jogar a população contra os vereadores’, afirmou que não é contra cargos para os distritos e também questiona artigos no projeto.
“Ele foi muito infeliz tentando jogar a população contra a oposição”, disse e completou mais à frente que os cargos de subprefeitos, por exemplo, já existem na prática. Hoje estaria apenas regularizando. O que a oposição é de acordo.
Quanto a novas funções, chama atenção para um dos artigos.
“No artigo 22, ele pede a criação de novos cargos e diz que esses cargos novos, ‘a lei entrará em vigor na data da sua publicação e seus efeitos retroagidos a 1 de fevereiro de 2017’. Ou seja, ele iria pagar as pessoas que nem trabalharam, por que os cargos não existem, por dois meses”, falou, acrescentando que a oposição apresentou uma emenda modificativa ao texto tendo o apoio, inclusive, de representantes da situação.
“Um absurdo pagar dois meses a quem nem trabalhou ainda”.
Para Robertinho o projeto é “capcioso” e com “casca de banana”.