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quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Lobo-guará: nota de R$ 200 será lançada na próxima quarta-feira

Foto: Marcelo Ferreira/CB

A cédula de R$ 200 será lançada oficialmente na próxima quarta-feira (02/09). A intenção do Banco Central (BC) é colocar 20 milhões de cédulas novas para rodar já na próxima semana, para tentar suprir a demanda por dinheiro em papel da sociedade brasileira, que cresceu na pandemia de Covid-19.

A apresentação da nota de R$ 200 é esperada há cerca de um mês, desde que o Banco Central (BC) anunciou a produção da nova cédula, que será estampada com a figura do lobo-guará. E teve a data informada nesta quinta-feira (27/08) pelo BC, em resposta a um processo que pede ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão do lançamento da nota de R$ 200.

"O lançamento da nova cédula está agendado para o próximo dia 2 de setembro, quarta-feira", informou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao STF.

Segundo o BC, 7,2 milhões de cédulas de R$ 200 já estão prontas. E a expectativa é que esse número chegue a 20 milhões de cédulas até o dia marcado para o lançamento. "O custo das cédulas de duzentos reais é de R/milheiro. Esse primeiro lote de 20 milhões de cédulas de duzentos reais custou R,5 milhões", calcula.

Ao todo, a autoridade monetária fez uma encomenda de 450 milhões de cédulas de R$ 200 à Casa da Moeda, ao custo de R$ 146 milhões. Por isso, a Casa da Moeda tem trabalhado em três turnos e nos fins de semana para dar conta da demanda. Nesta semana, inclusive, a Casa da Moeda negociou com os moedeiros a manutenção do regime de horas extras aos fins de semana para garantir a produção das novas notas.
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O BC disse ao STF, então, que uma eventual medida liminar que impedisse o lançamento da cédula de R$ 200 "acarretaria um sério prejuízo para a execução dos serviços de meio circulante a cargo do Banco Central e para a própria sociedade em si, que vem apresentando demanda crescente por dinheiro em espécie". Segundo a autoridade monetária, o brasileiro vem demandado mais dinheiro em papel na crise da COVID-19, sobretudo após os pagamentos do auxílio emergencial. Por isso, é preciso reforçar o meio em circulação para que não falte dinheiro em papel no Brasil.

A nova nota, contudo, tem sido questionada por diversas entidades de combate à corrupção. O receio é de que, pelo alto valor, a cédula de R$ 200 favoreça a corrupção e a lavagem de dinheiro. Por isso, os partidos Rede, Cidadania e PSB entraram com uma ação no STF pedindo a suspensão desse lançamento. O pedido está sendo analisado pela ministra Carmem Lúcia, que recebeu do BC nesta quinta-feira a garantia de que não haverá incentivos ao aumento da corrupção com a cédula de R$ 200.

O BC argumentou que o Brasil tem ampliado os mecanismos de combate à corrupção e afirmou que "quando muito", as novas cédulas de R$ 200 representarão apenas 5% do total de cédulas em circulação no país, "figurando como a denominação com a menor quantidade em circulação", o que deve ocorrer no fim do ano.

"A nova cédula não representa violação alguma ao direito fundamental à segurança nem contraria qualquer recomendação ou orientação emanada de organismos internacionais ou entidades oficiais especializados na temática da prevenção e do combate à lavagem de dinheiro ou à criminalidade em geral".

A autoridade monetária reconheceu, por sua vez, que "a solução alvitrada não foi a ideal para contemplar todas as vertentes de interesses públicos, nem poderia ser, por se tratar de solução urgente para atender a situação emergencial da economia, sujeita aos fatores tempo e limites físicos da produção de numerário". E concluiu que esta "era a única solução possível ante o quadro fático diante o qual estavam os agentes públicos responsáveis" na pandemia de Covid-19.
 
Diário de Pernambuco 

Primeira morte de criança com síndrome rara associada à covid-19 é confirmada em Pernambuco


Secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo. Foto: Pedro Menezes/divulgação.

Pernambuco confirmou, na tarde desta terça-feira (25), a primeira morte de criança com síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica e que teve diagnóstico positivo para o novo coronavírus. A informação foi dada pelo secretário Estadual de Saúde, André Longo, durante coletiva de imprensa transmitida pela internet. A menina que foi a óbito tinha 11 anos e morava na capital pernambucana. Segundo a Secretaria de Saúde do Recife (Sesau), a menina deu entrada num hospital público estadual em 23 de junho. Ela faleceu no dia seguinte (24/6) e não chegou a ser internada em leito de unidade de terapia intensiva (UTI).


Ainda de acordo com a Sesau, a menina não tinha histórico de doença preexistente. "A criança apresentou febre, conjuntivite, diarreia, dores abdominais, náusea, vômito, manchas vermelhas pelo corpo e taquicardia. Ela teve histórico de contato com familiares com suspeita de covid-19 e foi testada logo no dia 23. O RT-PCR deu negativo para a doença, mas o teste rápido positivou", diz a nota da secretaria.


Entre os sintomas da síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica associada à covid-19, estão febre persistente acompanhada de um conjunto de manifestações, como pressão baixa, conjuntivite, manchas no corpo, diarreia, dor abdominal, náuseas, vômitos e comprometimento respiratório, entre outros sinais.

O secretário ainda informou que Pernambuco tem nove casos notificados. Entre eles, estão o óbito, sete crianças que tiveram alta hospitalar e uma que permanece internada em leito de enfermaria. No dia 6 de agosto, o Estado divulgou os dois primeiros casos da síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica em decorrência da covid-19.

A pneumopediatra Rita Moraes de Brito, professora da Universidade de Pernambuco (UPE), já atendeu casos de crianças com a síndrome no Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, área central do Recife. "Não se trata de uma unidade referência para acompanhar quadros respiratórios, mas é um serviço que é referência em cirurgia abdominal. Como esses pacientes chegavam com uma dor forte no abdome, que faz suspeitar de apendicite, os quadros chamaram a minha atenção no HR. Ao ver uma das crianças, percebi que não se tratava de apendicite, pois ela tinha outros sintomas sugestivos de covid-19", relata Rita, que chegou a acompanhar os pacientes durante o auge da epidemia do novo coronavírus no Estado.

Ao Vivo direto da câmara de vereadores de Jataúba.