Segundo o governo venezuelano, 33 líderes estrangeiros confirmaram presença na cerimônia fúnebre oficial de Hugo Chávez; entre eles está a presidente Dilma Rousseff e diversos líderes sul-americanos; presidente em exercício da Venezuela, Nicolás Maduro informou que o corpo de Chávez será embalsamado, "para que possa ser visto eternamente em uma urna de cristal"
8 de Março de 2013 às 05:13247 - Chanceler da Venezuela, Elías Jaua informou nesta quinta-feira 7 que 33 chefes de Estado confirmaram presença nas cerimônias de despedida do presidente Hugo Chávez, morto na última terça-feira. O enterro de Chávez estva marcado para esta sexta-feira, mas foi adiado em uma semana. Segundo Jaua, que falou à Telesur, haviam confirmado presença chefes de Estado da América do Sul, Ásia e África. Da Europa, foram confirmados seis ministros de relações exteriores.
"É um testemunho do reconhecimento do peso [político] de Hugo Chávez, que nos deixa como legado uma Venezuela com peso próprio no mundo, respeitada por ser um país soberano, independente, que defende a união latinoamericana e caribenha, e a democratização das relações internacionais", afirmou disse o chanceler, que não especificou os países envolvidos.
A presidente Dilma Rousseff chegou a Caracas nesta quinta-feira, acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do chanceler Antonio Patriota e do governador da Bahia, Jaques Wagner. Como o enterro foi adiado, Dilma resolveu antecipar sua volta para o Brasil, e volta ainda na noite desta quinta-feira. Dilma decretou três dias de luto oficial no Brasil pela morte de Chávez. Segundo o governo venezuelano, outros 15 países também decretaram luto oficial.
Líderes
Também nesta quinta-feira, chegou a Caracas o presidente de Cuba, Raúl Castro. A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e os presidentes do Uruguai, José Mujica, e da Bolívia, Evo Morales, estão na capital venezuelano desde a quarta-feira 6. Não foram divulgadas imagens do presidente falecido, mas, de acordo com a imprensa venezuelana, Chávez está vestido com um uniforme militar verde oliva, gravata preta e boina vermelha.
Apesar de o chanceler venezuelano não ter especificado quais presidentes irão à Venezuela, confirmaram publicamente presença em Caracas os presidentes de Belarus (Alexander Lukashenko), Chile (Sebastián Piñera), Colômbia (Juan Manuel Santos), Equador (Rafael Correa), El Salvador (Mauricio Funes), Irã (Mahmud Ahmadinejad), México (Enrique Peña Nieto), Haiti (Michel Martelly), Nicaragua (Daniel Ortega), Panamá (Ricardo Martinelli), Peru (Ollanta Humala), República Dominicana (Danilo Medina) e Guatemala (Otto Pérez Molina).
Embalsamado
O presidente em exercício da Venezuela, Nicolás Maduro, informou na tarde de hoje (7) que o corpo do presidente Hugo Chávez será embalsamado, "para que possa ser visto eternamente em uma urna de cristal”. Maduro disse também que a capela onde está o corpo de Chávez, na Academia Militar, em Caracas, ficará aberta por mais sete dias, para que o povo possa se despedir dele. Hugo Chávez morreu terça-feira (5), aos 58 anos, após cerca de um ano e meio de tratamento contra câncer.
Em uma rede social, a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, destacou o trabalho social do líder venezuelano. “O grande legado de Chávez é a inclusão social de milhões de pessoas que não eram vistas e hoje são protagonistas. Milhões de pessoas foram alfabetizados e tiveram, pela primeira vez, acesso à saúde, educação, habitação e ao futuro. Isso exemplifica a vida e a militância de Hugo”, disse Cristina Kirchner.
Em entrevista à Telesur, o presidente da Bolívia, Evo Morales, classificou Chávez como “lenda” e “herói”. “É a nossa lenda, é o herói das lutas de nossos tempos (…) É o mais humano do mundo, sua solidariedade era inalcançável.” Morales fez coro a Cristina Kirshner, ao lembrar o trabalho de Chávez em prol dos mais carentes, chamando-o de “redentor dos povos".
Para o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, o presidente venezuelano, que tinha eleito no ano passado para o quarto mandato consecutivo, Chávez era um homem cuja “contribuição para a causa da dignidade humana não tinha fronteiras e alcançou os corações e mentes do mundo árabe”.
Com Telesur e da Agência Venezuelana de Notícias