Ainda em Caruaru, na Estação Elevatória do bairro do Salgado, o grupo se juntou a uma turma de educadores caruaruenses, onde a gerente de negócios da Compesa, unidade Agreste Central, Nyadja Menezes, apresentou o funcionamento do sistema de água e seus processos e tirou dúvidas dos visitantes.
No município de Catende, onde está sendo construída a Estação Elevatória II, o grupo foi recebido pelo gestor de contratos da Compesa, o Engenheiro Augusto Rodrigues, que mostrou os vários estágios da obra. Em seguida, seguiram até a margem do rio onde será captada a água.
“Nada melhor do que obter informações técnicas para repassá-las de forma transparente para a população. Em vinte anos de Compesa, esse é o período mais difícil que estou passando, tendo que fazer chegar água nas torneiras das casas sem ter água nas barragens. Parte da população acha que é a Compesa que não quer soltar água, mas qual a empresa que presta serviço, e recebe por ele, que não quer executá-lo de forma satisfatória?”, comentou Nyadja.
Segundo o engenheiro Augusto Rodrigues, 200 funcionários trabalham na obra todos os dias, inclusive domingos e feriados, para cumprir o cronograma. Iniciada em junho de 2016, a obra está com 60% dos trabalhos concluídos e a sua entrega está prevista para janeiro de 2017, quando irá beneficiar cerca de 800 mil pessoas.
“O objetivo nosso é aumentar o volume de água no poço de sucção da barragem do Prata para dar uma maior disponibilidade hídrica para as cidades que atualmente são abastecidas por aquela barragem”, disse Rodrigues. Ainda segundo ele, a nova adutora terá capacidade para colocar 600 litros de água por segundo a mais no sistema do Prata.
“Foi muito importante a visita ao canteiro de obras do Pirangi, pois pudemos ver de perto o andamento dessa obra que tem uma importância muito significativa para a região agreste, principalmente para as cidades do Polo de Confecções. Embora seja uma obra paliativa, ela visa garantir a continuidade do abastecimento nesses municípios”, disse José Mariano Brito, subsíndico do Moda Center. O gerente geral do Moda Center, George Pinto, ressaltou a importância da obra, mas advertiu que a sua conclusão não significará aumento da oferta de água nas cidades.
“Ela apenas garantirá que a quantidade de água que recebemos atualmente seja mantida por mais tempo. Por isso, é importante que as pessoas compreendam que o racionamento permanecerá”, ressaltou. Segundo George, só haverá redução da crise hídrica em Santa Cruz do Capibaribe com a conclusão da Adutora do Agreste, que trará água da transposição do São Francisco, ou se chover de forma satisfatória na região dos mananciais que abastecem o município.
As visitas às obras do Sistema Adutor do Pirangi estão sendo promovidas pela Compesa, com o objetivo de fornecer informações sobre os investimentos, os municípios e distritos beneficiados, assim como discutir o impacto no desenvolvimento das cidades envolvidas.