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domingo, 3 de fevereiro de 2013
Romário diz que Copa de 2014 será frustrante. Será uma copa para "Inglês ver".
Segundo ele, o Brasil conseguirá organizar o evento, mas desperdiçará a oportunidade de se transformar num lugar melhor para se viver.
Herói do tetra e hoje deputado federal, Romário aguarda com pessimismo a Copa de 2014. Segundo ele, o Brasil conseguirá organizar o evento, mas desperdiçará a oportunidade de se transformar num lugar melhor para se viver. Leia, abaixo, seu artigo publicado na Folha deste sábado:
Copa para inglês ver - ROMÁRIO
FOLHA DE SP - 02/02
O sucesso de uma Copa do Mundo de futebol vai muito além do que se vê. Arenas lotadas e jogos televisionados para o mundo todo representam apenas 10% desse grande espetáculo, que une povos e faz o planeta vibrar em torno de uma paixão.
Para um país, sediar uma Copa é uma oportunidade rara -a última no Brasil ocorreu há mais de 60 anos- de estimular a economia, alavancar o turismo, melhorar a formação das pessoas, expandir e aperfeiçoar a infraestrutura, elevando-a a um novo patamar de acessibilidade.
Analisando esse conjunto de ações, é fácil chegar a uma conclusão: não, o Brasil não aproveitará todo o potencial da Copa.
Seria ingênuo imaginar que uma Copa resolveria todos os problemas de uma nação, mas também não é confortável constatar que o evento poderá aprofundar alguns deles. Assistimos na televisão a um comercial de cerveja que transforma esse sentimento de frustração do brasileiro em pessimismo. Mas não é pessimismo gratuito, é puro realismo de quem vive o dia a dia das grandes cidades. Sim, imaginem, durante a Copa, todos os nossos problemas estruturais agravados pelo fluxo de milhões de pessoas!
O pessimismo do brasileiro é calcado em fatos: a incapacidade dos gestores de planejar atrasou inúmeras obras e, por tabela, encareceu em alguns bilhões o custo do Mundial -R$ 3,5 bilhões, para ser mais preciso-, segundo o último levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU). Para se ter uma ideia do que se poderia fazer com esses bilhões excedentes, vamos fazer uma projeção.
Em 2010, o então presidente Lula anunciou a construção de 141 novas escolas federais de educação profissional ao custo total de R$ 1,1 bilhão. Os R$ 3,5 bilhões acrescidos ao valor total da Copa dariam, portanto, para construir quase 500 novas escolas técnicas no Brasil.
O excesso de gastos, no entanto, não é o pior dos cenários. O tão falado legado social para a população parece ter ficado só no papel. Quase todas as obras de transporte estão atrasadas, a inauguração de algumas, inclusive, já foi remarcada para somente depois do Mundial e outras foram canceladas.
Salvador foi a primeira cidade-sede a cancelar uma obra de mobilidade. A construção de um corredor de ônibus Bus Rapid Transport (BRT) foi riscada da lista de obras para 2014. Em seguida, Brasília cancelou a construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Há ainda os problemas de pouca visibilidade, mas grande impacto social, como as remoções involuntárias. O tema foi destaque no jornal "The New York Times", em março passado. O diário informou que 170 mil pessoas devem ser despejadas até a Copa do Mundo e a Olimpíada, para dar lugar a intervenções urbanas para os eventos. O problema é que as indenizações estão bem abaixo do valor de mercado e, quando são oferecidas moradias, as casas ficam a até 60 km de distância do local de origem.
Vale lembrar, ainda, a naturalidade com que os projetos das arenas desrespeitam a lei que exige 4% dos assentos para deficientes físicos e pessoas com mobilidade reduzida. Nos casos em que os projetos preveem reserva de vagas, elas se limitam à margem de 1%, mínimo exigido pela Fifa. Como se as decisões da Fifa fossem mais importantes que a legislação do país.
Depois de ter rodado o mundo inteiro e participado, in loco, de tantos mundiais, posso afirmar, com convicção, que um país só é bom para os turistas se, antes, for bom para o seu próprio povo.
Hoje, não consigo presumir nenhum problema que inviabilize o evento, mas tenho certeza de que os brasileiros ficarão decepcionados ao ver perdida mais uma ótima oportunidade de tornar este país um lugar melhor para se viver.
OPINIÃO DO JATAÚBA NEWS
Quem vai contrapor o "baixinho"? Razõs de sobra para chegar a essa conclusão, até aos mais simples dos mortais. Se focarmos em nossa cidade nem é preciso falar nada. Além, evidentemente da duplicação da 408 (que já era prevista) nada de concreto está realizado. Mobilidade urbana? Além da Av. Miguel Arraes que em nada melhorou o nosso trânsito... nada mais. Nossa tão falada "explosão de crescimento" ao que parece resume-se apenas as empresas que constroem a arena e duplicaram a BR, além evidentemente, de alguns possíveis intermediários.
Número de mortos em incêndio no RS sobe para 237
Agência Brasil (Brasília) – O número de mortos no incêndio na Boate Kiss, Santa Maria (RS), subiu para 237. Internado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Bruno Portella Fricks, 22 anos, teve a morte confirmada por volta das 22h de ontem (2).
Bruno foi a terceira vítima do incêndio a morrer em hospitais do Rio Grande do Sul. O restante das vítimas morreu na hora do incêndio.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, 101 pacientes permanecem internados em cinco cidades gaúchas. A maior parte está em Porto Alegre, que concentra 50 pacientes, dos quais 30 em ventilação mecânica.
Há ainda 46 pacientes internados em Santa Maria (seis em ventilação mecânica), três em Canoas (dois em ventilação mecânica), um em Caxias do Sul e um em Ijuí, que estão sem ventilação.
De acordo com sobreviventes, o fogo foi provocado por artefatos pirotécnicos usados no palco da casa norturna durante apresentação da banda Gurizada Fandangueira. Em número de mortos, o incêndio na Boate Kiss foi o segundo pior da história do Brasil. Em 1961, um incêndio do Gran Circus Norte-Americano, em Niterói (RJ), resultou na morte de 500 pessoas.
Socialistas veem Dilma ansiosa por liga com povo
A forma repentina como o anúncio da redução da tarifa de energia elétrica feito pela presidente Dilma Rousseff (PT) foi visto, por alguns socialistas que marcaram presença, ontem, no Baile Municipal do Recife, como um exemplo da ansiedade da petista em construir uma provável liga com a população mais carente. Em reserva, um importante membro do PSB afirmou que a chefe do Executivo nacional se afobou, quando quis ir antecipar uma medida positiva e depois se viu forçada a anunciar uma decisão impopular: o aumento do preço dos combustíveis.
“Como é que ela anuncia uma coisa boa e depois uma ruim? Como eu dou uma notícia boa e depois falo mal de fulano? Vocês (Imprensa) são vão escrever sobre a coisa ruim. Ela, com boa vontade, quis criar uma liga com os mais pobres e se apressou”, analisou o socialista, destacando, na sequência: “Você vê que ela é uma pessoa boa, bem intencionada. Mas parece isolada ou mal assessorada por quem está perto”.
Esse pensamento do socialista foi endossado por outro correligionário seu, que também preferiu manter a reserva. “A presidente não tem acertado em questões pontuais ou, pelo menos, destaca demais ações que não têm a repercussão esperada, como no caso do pacote anunciado aos prefeitos. Foi algo que não era nada do esperado”, observou.
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