Nesta segunda-feira 20, aconteceu na cidade de Jataúba mais uma reunião ordinária na câmara de vereadores local, durante a sessão foi apresentado e votado um projeto de lei apresentado pelo poder executivo que dispõe da criação de dois cargos de procurador geral do município, bem como, a extinção de vários cargos de telefonistas e magarefe remanejando os funcionários para a atividade de serviços gerais. Diante das divergências entre os vereadores das duas bancadas o mesmo foi colocado em votação onde obteve 6 votos a favor e 5 contrários.
Seis dos onze vereadores fizeram uso da tribuna e como já é corriqueiro as trocas de farpas entre os parlamentares foram inevitáveis, o vereador Firoca criticou o projeto apresentado pelo poder executivo e disse que se o município não tem condições de fazer um concurso público que não faça, porém disse que votou contra por achar uma falta de respeito abrir um concurso para oferecer apenas 2 vagas, o vereador cobrou explicações sobre a falta de carros para transportar doentes de alguns Distritos dos quais o mesmo já tinha pedido explicações, segundo ele, foi passado por um popular que prefeito do município teria dito após as eleições que não colocaria carro na Vila do Jundiá e os moradores da localidade estão tendo que se virar quando precisam se deslocar para o hospital.
Os vereadores Zuza e Maviael falaram que Jataúba vive um momento de retrocesso onde já foi perdido o Cartório Eleitoral, Matadouro, e agora o Banco do Brasil e atribuíram a responsabilidade ao prefeito do município que segundo os vereadores não busca solucionar os principais problemas do município. Zuza disse que os vereadores de situação ficam tentando tapar o Sol com a peneira, já Maviael criticou mais uma vez a postura do vereador Veinho que segundo ele, nem mesmo os vereadores Jackson e Josilene defendem tanto o prefeito e o classificou como o Super-Veinho, os vereadores cobraram explicações sobre as 200 casas anunciadas pelo prefeito que seriam construídas no município através do Governo Federal, os vereadores ainda falaram que o motivo maior do fechamento do banco foi a falta de segurança e que isso é responsabilidade do gestor.
Os vereadores criticaram o projeto apresentado pelo poder executivo e disseram ser uma vergonha depois de mais de 20 anos sem fazer um concurso público no município abrir um para apenas 2 vagas de procurador do município. "Será que não se precisa fazer concurso pra professor?" questionou Maviael que disse ser muito fácil pra o prefeito contratar 3 pessoas dividindo o salário e pagando o que seria o natural pra uma.
Já pela bancada de situação o vereador Veinho lamentou o fechamento do Banco do Brasil e atribuiu a maior culpa aos deputados Bruno Araújo, João Fernando Coutinho, José Humberto e Diogo Moraes que segundo ele não moveram uma palha desde que houve os boatos do fechamento do banco e lamentou o fato de a guarda comunitária também possa parar por determinação da justiça, Veinho disse que a segurança é responsabilidade do estado e criticou o governo pela forma como vem tratando Jataúba e a Região.
O vereador Jackson por sua vez disse lamentar o fechamento do banco e disse que o prefeito estará essa semana em Brasília na superintendência do Banco junto com o deputado Bruno Araújo para tentar evitar o fechamento definitivo: “Eu mesmo não dou mais um passo atrás disso, pois, não sou moleque e não vou tá enganando a população, espero que volte a funcionar, mas, sinceramente não acredito mais que possa se reverter essa situação do banco”, disse Jackson. Galego criticou a postura do vereador Zuza e o chamou de mentiroso, pois, segundo ele Zuza não moveu uma palha para que o banco não fechasse, Jackson disse que Zuza nem foi na superintendência do Recife nem interviu junto com seus deputados.
O vereador Paulo Floriano disse acreditar que o banco possa voltar a funcionar e que as casas do governo federal ainda estão no cronograma da caixa e poderão sair, Paulo falou sobre a realização do concurso público para o preenchimento de 8 vagas na câmara de vereadores e disse que diante das dificuldades de se encontrar uma empresa que cobre um valor justo para a realização do mesmo o ministério público lhe deu mais um prazo, porém, ressaltou que em 2018 o concurso irá acontecer, Paulo criticou o vereador Maviael por sua postura em levantar dúvidas se de fato o concurso iria sair: “O concurso vai ser feito sim, o senhor gosta muito de se desfazer dos outros vereadores achando que só o senhor faz as coisas, vereador se ponha no seu lugar e veja o que os outros fazem, e cuidado com o dia de amanhã porque o de hoje já foi embora”, disse Paulo.
Um fato interessante é que com o clima quente ao final da reunião, no término do discurso de Paulo os vereadores se levantaram inclusive o presidente da casa e a reunião não foi dada por encerrada, a próxima sessão certamente será dia 01 de dezembro às 10:30 da manhã.
Jota Silva / Agreste No Ar