Neste
trecho da entrevista à Folha de Pernambuco, o governador ressalta a
capacidade de atração de investimentos do Estado, destaca as ações
realizadas para a Copa do Mundo de 2014 e assegura ações culturais no
Interior.
Como o senhor vê os problemas que ocorrem nos
empreendimentos, em operação e em obras, de Suape? Como avalia o
desempenho dessas empresas?
Eu vejo com grande otimismo. Você fala de
problemas no Estaleiro. O Brasil exportou bilhões de dólares alugando
navios ao estrangeiro, exportou bilhões de dólares comprando navios ao
estrangeiro e detonou sua indústria naval. Com isso, vem um projeto de
resgatar sua indústria naval. Para isso tem que ter compra da Petrobras,
ao invés de comprar em Singapura, na Coréia, no Japão, vem comprar
aqui. Nessa política iniciada em 2005, surgiram três estaleiros no
Brasil, um no Rio Grande do Sul e dois aqui. Da carteira de navio, são
49, 30 são aqui. Eu só posso ver isso como uma coisa positiva. Agora
você não imagina que em qualquer lugar do mundo a retomada de uma
indústria como a naval não tenha uma curva de aprendizagem. Esses
problemas aconteceram no universo privado, não tem nada a ver com o
Governo de Pernambuco. Qualificamos pessoas, fomos parceiros. Estamos
vendo com alegria retomada nessa curva de aprendizagem. Já saiu o
segundo navio, não se cancelou um pedido, pelo contrário, está nascendo
outro estaleiro do lado e isso vai dar condição da gente ter um polo
naval, de offshore, estratégico para prover bens e serviços para o
Brasil e para a costa africana onde esse negócio está vivendo uma
ascendência enorme. A Petroquímica começou a funcionar. A gente vai para
a obra da Refinaria. Acompanhamos duas refinarias sendo canceladas no
Brasil, uma em Fortaleza e outra no Maranhão. Aí eu tenho que festejar
que a primeira refinaria construída em 30 anos que vai rodar em 14 é
aqui, e que está gerando 20 mil empregos. Ah, tem lutas
reivindicatórias? Tem, mas onde tem muita obra, onde tem quase pleno
emprego, tem luta reivindicatória. O que tem que fazer é o que nosso
governo fez: sentou com empresários, trabalhadores, Justiça do trabalho,
mediou conflitos com diálogo, evitou o que vimos em outros lugar que
foram grandes palcos de obras e houve destruição. Suape não é uma coisa
do Brasil, é uma coisa global. O início das obras da Fiat. Vamos chegar
em 14 com 28% do nosso PIB industrial. Enquanto o Brasil está diminuindo
a participação da indústria no PIB, nós estamos crescendo, e vemos que
podemos terminar esta década com Pernambuco tendo mais de um terço da
sua economia na indústria. Isso tem efeito sobre a renda, sobre
educação, sobre a sociedade de uma maneira sistêmica. São as dores do
crescimento que precisam de capacidade de vivê-las.
O ministro
dos Esportes, Aldo Rebelo, declarou que o Brasil não faria Copa
perfeita. Agora, que Pernambuco entrou para sediar a Copa das
Confederações, como fica a postura do Estado. É otimista?
A gente tem
que trabalhar com responsabilidade. Tem que trabalhar com otimismo
também. Você imagina se eu fosse me tocar nos últimos 12 meses pelo que
foi dito sobre a Copa das Confederações. As obras estão no calendário,
estamos monitorando isso. Tivemos a sorte porque ficamos com uma das
melhores partidas, então estamos embalados na responsabilidade e
trabalho e pensar no legado. Tudo que foi feito não é para Copa. Estou
fazendo para as pessoas que aqui moram.
Existem projetos de construção ou reforma de espaços culturais no Interior do Estado?
Temos
um programa dentro do próprio orçamento da Secretaria de Cultura e da
Fundarpe. Selecionando intervenções em cinemas, teatros, que estamos
cumprindo.