OLINDA: A professora Sandra Lúcia Fernandes, de 48 anos, e o filho dela, Icauã Rodrigues, de 10 anos, foram assassinados com 8 facadas cada um no apartamento da professora, em Jardim Atlântico, Olinda, no início da madrugada desta segunda-feira (17). O namorado da mulher Marcos Aurélio Barbosa da Silva, de 24 anos, assumiu ter cometido o crime, segundo o delegado que acompanha o caso, João Gaspar, do Departamento Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Mãe e filho foram enterrados no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana, na noite desta segunda.
Segundo a polícia, a professora tinha outro filho de 20 anos que não aceitava o relacionamento da mãe com um homem mais jovem e ele só frequentava a casa da professora quando o filho mais velho não estava. Vizinhos relataram que ele era ciumento e que as brigas aconteciam constantemente.
De acordo com as investigações, o homem teve uma discussão com a namorada durante o desfiledo bloco “Virgens de Verdade Abraça Brasil”, que aconteceu no domingo (16), em Olinda. Ele teria visto a professora beijando outra pessoa, o que motivou o crime. No apartamento, vizinhos relataram à equipe do DHPP que ouviram a criança gritar enquanto a mãe era atacada. “Foi um crime que chocou a equipe de policiais. Os vizinhos escutaram a criança gritando, mas bateram na porta e ninguém abriu. Quando um dos vizinhos retornou ao apartamento, o homem já estava saindo do prédio e disse para irem socorrer a criança, que estaria machucada”, explicou Gaspar.
O suspeito confessou, ao chegar na delegacia, que a criança ficou na frente da mãe e por isso também foi esfaqueada. “Mas o que vimos é que os golpes de facada no menino foram feitos com a mesma fúria dos golpes da mãe”, comenta Gaspar. Ele conta que, após investigar o carro da vítima, um envelope com documentos pessoais do suspeito foi encontrado, junto com uma carta de currículo. Com rastreamento pelo nome, a polícia localizou o endereço e realizou a prisão em Maranguape 1. “Ele já confessou o crime quando recebeu voz de prisão na sua própria residência. Os familiares não sabiam o que ele havia praticado e ficaram revoltados contra ele”, explica o delegado. O homem não tinha antecedentes criminais e foi levado para a sede do DHPP.