Seleção, de David Luiz (C), se impôs sobre os mexicanos e conquistou nova vitória (Jedson Nobre)
A seleção brasileira subiu mais um degrau no processo de evolução desde que Felipão assumiu o time. Neymar subiu dois. O atacante voltou a fazer gol na vitória por 2×0 sobre o México, nesta quarta-feira, pela Copa das Confederações, em Fortaleza. Mas não ficou só nisso. Ajudou na marcação e fez uma jogada que lembrou a sua fase áurea no Santos, no lance que serviu Jô no segundo gol.
O primeiro tempo foi dividido em duas metades. Na primeira, a seleção brasileira se impôs, abriu o jogo pelos lados e saiu em busca do primeiro gol, que aconteceu aos oito minutos, num belo chute de Neymar.
A saída de bola funcionou e o setor ofensivo se movimentou bastante, com trocas constantes de posição e boa presença dos laterais – o gol havia nascido de um cruzamento de Daniel Alves.
O próprio lateral do Barcelona quase marca o seu numa de suas chegadas à frente. O bom momento do Brasil na partida proporcionou outro lance de muito, quando Fred e Neymar trocaram de função e o atacante do Fluminense lançou o ex-santista que bateu com perigo.
Depois dos 25 minutos, no entanto, os mexicanos adiantaram a marcação e o time de Felipão foi empurrado para o seu campo, mal conseguindo passar da intermediária. Ao contrário dos brasileiros, no entanto, o seu adversário não criou oportunidades claras de gol.
Por causa da maior objetividade e precisão, a seleção deixou o gramado com a vantagem no placar.
O segundo tempo começou com uma disposição semelhante ao primeiro. Os brasileiros pressionaram, sabendo usar bem os lados da defesa mexicana, onde encontrava uma relativa facilidade para penetrar.
Hulk e Neymar tiveram boas chances, mas não aproveitaram as oportunidades. Repetindo o primeiro tempo, a seleção deu uma recuada e passou a sofrer a pressão do México. Com o sistema defensivo bem postado, os brasileiros só deram ao adversário a opção de buscar o empate nas jogadas aéreas e chutes longe da área.
Faltou qualidade para os mexicanos. Sobrou qualidade nos brasileiros. No penúltimo minuto da partida, Neymar fez uma jogada sensacional em cima de dois adversários e cruzou na medida para Jô, que havia entrado na vaga de Fred, marcar o segundo e fechar o placar.
ATUAÇÕES
DEFESA
Julio Cesar foi seguro quando acionado.
Daniel Alves e Marcelo foram peças importantíssimas. Marcaram e apoiaram bem.
O mesmo se pode dizer de Thiago Silva e David Luiz. A dupla foi extremamente eficiente quando o México pressionou.
MEIO DE CAMPO
Luiz Gustavo e Paulinho mantiveram a média do sistema defensivo, sendo que o último não saiu tanto para encostar no ataque.
Quem destoou foi Oscar, que sumiu da partida em alguns momentos. Foi substituído por Hernanes, que deu mais consistência no setor.
ATAQUE
Hulk manteve a regularidade. Não brilhou, mas ajudou o time taticamente e teve participação importante no lance do primeiro gol. Foi substituído, como de praxe, por Lucas no finalzinho.
Fred teve uma participação discreta. Seu substituto, Jô, no entanto, em pouco tempo no gramado do Castelão apareceu bastante ao marcar o segundo gol brasileiro.
Neymar foi o grande nome do jogo. Marcou um bonito gol, ajudou na marcação pela esquerda e, como a cereja do bolo, deu um lindo drible e fez a assistência para o gol de Jô.
Neymar foi o grande nome do jogo, mas Daniel Alves também teve uma boa atuação (Jedson Nobre)
1 – O primeiro chute direto para o gol foi dos mexicanos. Aos cinco minutos, com Flores batendo para a defesa em dois tempos de Julio Cesar;
2 – Aos oito, o primeiro gol do Brasil. Hulk e Paulinho tabelaram na lateral do campo e Daniel Alves avançou para cruzar na área. A zaga cortou, evitando que a bola chegasse a Fred. Mas ela caiu no pé certeiro de Neymar, sem defesa.
3 – Quase que o Brasil ampliou aos 13, com um golaço. Daniel Alves tentou encobrir o goleiro Corona, que fez uma grande defesa.
4 – Depois de um vacilo de Marcelo, que tentou enfeitar um lance, Mier pegou uma sobra de bola e bateu forte. A bola passou perto da trave direita do goleiro brasileiro.
5 – A seleção chegou perto mais uma vez aos 22. Fred pegou uma bola próximo à linha de meio de campo e ligou rápido com Neymar, que de um belo drible em Mier e soltou uma bomba da entrada da área. A bola raspou o travessão.
6 – O México cresceu de produção depois dos 25 minutos e passou a mandar no jogo. Mas lance de perigo real apenas aos 45. Geovani dos Santos cobrou falta da direita a bola raspou o travessão de Julio César.
7 – Na volta do intervalo, Hulk teve a primeira boa chance. Aos nove minutos, depois de tabelar com Neymar, entrou livre pela esquerda, mas bateu para fora.
8 – No minuto seguinte, foi Neymar, desta vez pela direita, que encontrou facilidade para penetrar na área mexicana e finalizar. O bola passou para fora.
9 – Assim como no primeiro tempo, o bom momento do Brasil não durou depois dos 25 minutos. Depois disto, a pressão foi do México. Aos 36, Geovani dos Santos cruzou direita, a bola passou para o outro lado, onde Guardado bateu de primeira. Daniel Alves salvou.
10 – Aos 48, Neymar voltou a brilhar. Num contra-ataque, deu um drible sensacional em dois mexicanos e serviu na medida para Jô estufar a rede adversária. 2×0.
BRASIL
Julio Cesar; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar (Hernanes); Hulk (Lucas), Fred (Jô) e Neymar. Técnico: Luís Felipe Scolari
MÉXICO
Corona; Flores (Herrera), Rodríguez, Moreno e Salcido; Torrado, Guardado, Jorge Torres (Barrera), Mier e Geovani dos Santos; Chicharito Hernánez. Técnico: José Manuel de la Torre
Local: Arena Castelão
Árbitro: Howard Webb (ING)
Cartão amarelo: Thiago Silva, Daniel Alves (B); Guardado, Herrera (M)
Gol: Neymar (8/2º); Jô (48/2º)
