Professores de Jataúba: quanto mais, menos!
A média mensal com a Fopag (folha de pagamento) dos professores efetivos e contratados, no exercício de 2014, incluindo aí, a parte patronal foi de R$ 461.668,92.
A média de repasse no mesmo período alcançou R$ 504.486,15. Com uma “leve” alteração na Fopag/Nov/2014, de R$ 504.500,01 e a média do mês de dezembro mais 13%, de R$ 510.435,58. Vê-se ai que aconteceu um aumento de quase 12 mil reais (precisamente R$ 11.871,15) em relação à Fopag/Nov.
Tomei conhecimento através do BPA (Blog Portal do Agreste) que, nas palavras do prefeito, Antonio de Roque, não haverá reajuste conforme determina o artigo 5º da Lei nº 11.738/08, de 16/07/2008 (Lei do Piso), cujo foi anulado pelos iluminados vereadores (sem trocadilhos) no apagar das luzes de dezembro último e, determinando que o reajuste SÓ seja concedido a critério do chefe do Poder Executivo.
Como ele já anunciou que NÃO concederia, portanto, isso quer dizer que, “certamente” o valor da Fopag (média mensal) para exercício/2015, permanecerá “quase inalterado”. Partindo desse pressuposto vale algumas ponderações:
A média de repasse mensal para o exercício 2015 ficará entre R$ 577.479,00 a R$ 601.049,57. Sendo o valor médio mais “preciso” de R$ 589.286,29; se a Fopag continuará “teoricamente” inalterada e a média de repasse aumentará, qual a razão de NÃO ser concedido um reajuste?
Com a eliminação dos quinquênios, (já havia sido eliminado a gratificação do difícil acesso) através do Projeto de Lei encaminhado pelo prefeito e aprovado pelo egrégio Poder Legislativo Municipal,(entenda os vereadores da situação, inclusive 2 professores e mais 2 pais de professores. Vale um feito, não legislaram em causa própria) a Fopag dos profissionais efetivos, somada aos encargos sociais, atingirá a R$ 309.814,96.
Operação simples: (R$ 309.814,96) – (R$ 589.286,29) = R$ 279.471,33. Sabendo que o total da Fopag (Efetivos e Contratados) atingirá (média mensal) “na teoria”, o montante de R$ 414.131,24, isso quer dizer que haverá um saldo mensal de R$ 175,155,05.
Ou, repetindo os mesmos valores pagos em 2014, baseando no menor repasse médio, teremos: (R$ 577.479,00) – (461.668,92) = R$ 115.810,08 (saldo mensal). Ou seja, o saldo “teoricamente” no final do exercício será de R$ 1.389.720,96 (UM MILHÃO, TREZENTOS E OITENTA E NOVE MIL, SETECENTOS E VINTE REAIS E NOVENTA E SEIS CENTAVOS).
Porém, se se observar pela média mensal maior, a conta Fundeb 60% terá então um saldo de R$1.672.567,80 (UM MILHÃO, SEISCENTOS E SETENTA E DOIS MIL, QUINHENTOS E SESSENTA E SETE REAIS E OITENTA CENTAVOS), no final de 2015. Havendo até possibilidade de um saldo (ou sobra, como queira) maior ainda.
Portanto, dizer que são os professores que estão inviabilizando a administração e, que não há condição deR E A J U S T A R o salário dos profissionais da educação é “colóquio flácido para acalentar bovinos”. Ficam os números para sua análise, caros leitores, colegas professores e demais interessados.
O problema é que os números não mentem. Precisa-se ser mais claro?
Qual será a próxima investida contra os professores?
P.S. NÃO ESTOU FAZENDO POLÍTICA PARTIDÁRIA NEM CRIANDO NOVA TENDÊNCIA. MUITO MENOS FAZENDO OPOSIÇÃO. ESTOU EXPRESSANDO MINHAS OPINIÕES PARA QUEM AS PEDEM.
Arnaldo Cícero Maques