Investigações apontaram que o menino foi morto em um ritual de magia negra – Foto: Arquivo
Na quarta-feira (18) foi realizada a primeira audiência com os quatro acusados de matar, na cidade paraibana de Sumé, uma criança de cinco anos.
De acordo com as informações, Everton Siqueira da Silva, foi encontrado morto em um matagal com diversos sinais de violência como o pênis decepado, o tórax totalmente aberto, um corte profundo no pescoço e sinais de espancamento.
O crime brutal aconteceu em 13 de outubro de 2015 e ganhou repercussão a nível nacional (relembre o caso clicando AQUI). Everton estava desaparecido dois dias antes de ser encontrado morto.
Poucos dias após a descoberta do corpo, cinco pessoas chegaram a ser presas, entre elas o padrasto Daniel Ferreira dos Santos, a mãe da criança, um vizinho, um amigo identificado por João Batista Alves de Sousa (este que era deficiente físico) e também um homem, que seria “Pai de Santo”.
Os presos foram encaminhados a unidades prisionais, só que um deles, João Batista, acabou sendo assassinado dentro da cela por Daniel Ferreira no dia 16 de outubro do mesmo ano.
O crime aconteceu em uma cela no presídio de João Pessoa e, em depoimento, Daniel declarou que tinha matado o deficiente físico após, segundo ele, o mesmo ter confessado que teria matado seu enteado, mas a alegação foi desmentida pela Justiça, inocentando a vítima de participação no crime brutal.
As investigações apontaram que o mesmo foi morto em queima de arquivo, já que as versões do crime, alegadas pelos acusados, estava sendo desmentida com o avanço das investigações.
Criança foi morta em um ritual de magia negra
Ainda de acordo com a polícia, as investigações apontaram que a criança foi morta em um ritual de magia negra, com o consentimento da mãe. Ainda segundo a polícia, seria Daniel que teria matado a criança, usando de uma faca peixeira de seis polegadas.
Os quatro respondem o processo de homicídio por motivo torpe, crime cruel praticado mediante tortura, impossibilidade de defesa da vítima, ocultação e destruição de cadáver, humilhação a cadáver e associação criminosa.
A audiência foi realizada no Fórum da cidade de Sumé e adentrou a madrugada, durando cerca de 10 horas e sob forte esquema de segurança. Um quarteirão chegou a ser isolado pela polícia e muitas pessoas esperaram até a madrugada o término da mesma, na tentativa de ver, de perto, os acusados.
O delegado Paulo Ênio, que estava à frente das investigações, deu detalhes ainda mais chocantes do crime.
“Este homem que confessou tudo, o padrasto, a mãe e o vizinho que está preso pegaram a criança e levaram ela até um riacho, onde fizeram todo o ritual de sacrifício. O menino foi banhado e, usando uma faca de seis polegadas, o padrasto abriu o tórax da criança. O que leva a crer que foi um ritual de magia negra é que o pênis da vítima foi decepado”, explicou, completando que o sangue da criança seria oferecido no ritual.
O julgamento dos acusados ainda não tem data definida.
Blog do Ney Lima
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