Dias atrás, o ex-governador pernambucano Eduardo Campos fez uma revelação. Disse que o PT ofereceu a ele o apoio na sucessão presidencial de 2018, caso ele desistisse de concorrer em 2014. A oferta era real. Um dos mais ardorosos defensores dessa ideia era o governador baiano Jaques Wagner, que avaliava que, após quatro mandatos consecutivos do PT na presidência da República (contando, é claro, com a reeleição da presidente Dilma Rousseff), seria o momento de renovar a aliança de centro-esquerda que vem governando o País desde 2003.
Campos, naturalmente, não aceitou. Lançou-se à presidência da República, rompendo a aliança histórica com o PT, e obteve o apoio da ex-senadora Marina Silva. Até agora, no entanto, os resultados têm sido muito pouco animadores. Na última pesquisa Datafolha, ele obteve apenas 8% das intenções de voto. No levantamento Istoé Sensus, ficou abaixo disso, registrando apenas 7,2%. Com isso, cristaliza-se a ideia de que o segundo turno, se houver, será mesmo, novamente, entre PT e PSDB, com a disputa envolvendo a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves. O ex-governador de Pernambuco vem tendo um desempenho tão fraco que, ontem, ao promover uma caminhada em São Paulo, foi tido praticamente como um anônimo.
Alguns o confundiram com o ex-prefeito Gilberto Kassab. Outros o chamaram de Aécio Campos, como se ele fosse uma espécie de genérico do candidato do PSDB (leia aqui). PRIMA REBELDE Para piorar, a situação no seu Estado de origem é delicada. Sua prima, a vereadora Marília Arraes declarou voto na presidente Dilma. "Não acho que a candidatura de Eduardo seja o melhor para o País", afirmou (leia aqui). É um raciocínio que vai na mesma linha do que já foi apontado pelo senador Armando Monteiro (PTB-PE), que, aliado ao PT, lidera as pesquisas para o governo de Pernambuco, com mais de 40% das intenções de voto.
"Muitos pernambucanos percebem que ele se lançou a um projeto pessoal e não tomou a melhor decisão para os interesses do povo pernambucano", diz ele. Em Pernambuco, o candidato de Campos, Paulo Câmara, também patina nas pesquisas, assim como seu padrinho político. Diante desse cenário, a questão que se coloca é clara: Eduardo Campos sairá da disputa presidencial de 2014 maior ou menor do que entrou? Antes da disputa, o PSB tinha, além de Pernambuco, o governo do Ceará.
Como os irmãos Gomes se rebelaram contra a candidatura Campos, ambos migraram para o Pros. Além disso, o partido também controlava importantes ministérios, como a Integração Nacional NUM SEGUNDO GOVERNO DILMA O ex-governador pernambucano não terá muito espaço num eventual segundo governo Dilma, não será o aliado preferencial de Aécio Neves e ainda corre o risco de perder seus principais governos estaduais. Sem o contar o fato de que ele próprio, caso não protagonize uma espetacular arrancada nas pesquisas, ficará sem mandato, quando tinha uma eleição garantida para o Senado.
Do Portal BR 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário