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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Há dois meses Governo do Estado não oferece remédios para epilepsia

A Farmácia Metropolitana de Pernambuco, que disponibiliza gratuitamente medicamentos especializados para a população pernambucana, tem sofrido com a escassez de alguns remédios. A falta dos medicamentos usados no tratamento de doenças crônicas e raras acaba por prejudicar quem não tem condições de comprá-los.

A auxiliar de Desenvolvimento Infantil Maria Betânia Barros está sentindo na pele as consequências deste déficit. Sua filha de 11 anos sofre de epilepsia e toma duas medicações. Uma delas, o Trileptal 300mg, custa R$ 150 e a criança - que toma três comprimidos por dia - precisa de quatro destas caixas por mês. Mas o Estado não oferece o medicamento. São R$ 600 mensais gastos só com este remédio.

A outra medicação, não menos cara, é o Topiramato 50mg. São três comprimidos diários. Mas este a Farmácia de Pernambuco oferece. Ou oferecia. Há dois meses a Secretaria de Saúde afirma não ter mais o remédio e, para desespero de Maria Betânia e sua filha, a farmácia sequer dá uma previsão de quando recebe Topiramato 50mg.

O medicamento custa R$ 129 e a mãe recebeu as últimas caixas no dia 9 de setembro. De lá para cá, mais de dois meses se passaram e a sua filha, que entre o dia 9 de outubro e o fim deste mês já deveria ter consumido mais de três caixas - já que precisa de duas caixas por mês -, tomou apenas duas caixas, compradas pela mãe. Para completar o desgaste, o atendimento é péssimo.

"Ligo três ou quatro vezs por dia para a farmácia e eles só dizem que "está em falta, senhora. Não há nenhuma previsão". E ainda pedem para que eu ligue três vezes por dia. Eu o faço, mas já não tenho paciência para ouvir as mesmas coisas", reclama.

"A dificuldade está grande. Além de todo o gasto com remédios, ainda pago a escola dela. O extrato do meu cartão é só de farmácia. Eu quero dar o melhor para a minha filha. Mas está difícil até sustentar a saúde desse jeito."

Blog de Jamildo entrou em contato com a Farmácia e ouviu da ouvidoria a mesma frase: "não temos o medicamento". Sobre a previsão para o retorno do fornecimento, o estabelecimento disse que a informação só poderia ser passada se a reportagem fosse pessoalmente ao local. O Blog deslocou-se até a Superintendência de Assistência Farmacêutica, na tentativa de falar com o superintendente, José de Arimatéia, mas ele havia deixado o local de trabalho antes do fim do turno. 

A farmácia, que fica na antiga Fundação de Saúde Amaury de Medeiros (Fusam), na Secretaria Estadual de Saúde, é uma das 22 unidades distribuídas pelo Estado. Elas prestam atendimento a mais de 30 mil pessoas. E certamente a filha de dona Maria Betânia não é a única.

fonte jamildo

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