Líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho levou ontem (4) para o plenário da Casa Legislativa duas bolas oficiais da Copa do Mundo, uma murcha e outra cheia, para fazer uma provocação com relação aos atrasos nas obras prometidas para o evento. O democrata deixou claro que a oposição não torce pelo fracasso da seleção canarinho, mas ressaltou que é preciso denunciar a falta de governabilidade do Partido dos Trabalhadores.
“Trago aqui a bola da Copa do Mundo para dizer à população que a torcida de todo o povo brasileiro é no sentido de que a seleção dê de presente a conquista do hexa. No entanto, tenho a obrigação de exercer o direito à crítica. E a crítica é a quem assumiu compromissos e não cumpriu. Bola cheia para Felipão e bola murcha para a presidente Dilma Rousseff (PT)”, decretou.
Mendonça lembrou que das 67 obras prometidas para a mobilidade urbana, apenas 7 foram concluídas. Ele citou, ainda, o caso dos aeroportos, ao lembrar que de 43 obras previstas, menos da metade foi entregue.
Quanto aos estádios, a crítica veio pela promessa de que todos seriam erguidos apenas com investimentos privados. “O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizia que não contaria com recursos públicos para construir os estádios. Sabe quanto custou as obras financiadas esmagadoramente pelos recursos públicos? Oito bilhões de reais”, lembrou Mendonça.
A provocação incitou deputados da base aliada que tentaram defender o Palácio do Planalto, mas que acabaram derrapando nos próprios equívocos do governo, segundo a assessoria de comunicação do Democratas.
O líder governista Henrique Fontana (PT-RS) chegou a citar o Aeroporto de Brasília como exemplo de obra concluída a tempo para a Copa do Mundo, entretanto, na tarde da última terça-feira, após a forte chuva que caiu sobre na capital federal, um dos terminais inundou e o alagamento foi filmado por passageiros, revoltados com a falta de estrutura do local.
Escrito por Magno Martins
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