O candidato ao Governo de Pernambuco pela Frente Popular de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), teria feito uso de aviões fretados pelo Governo do Estado em viagens pelo interior para tornar a sua postulação mais conhecida pelo eleitor. Oficialmente, Câmara teria viajado sob a égide de cumprir agenda administrativa enquanto ainda exercia o cargo de secretário da Fazenda. De acordo com o Portal da Transparência, as viagens de Paulo Câmara foram intensificadas no período em que o seu nome foi alçado à condição de pré-candidato na disputa pelo Palácio do Campo das Princesas.
Segundo o Jornal do Commercio, entre os dias 2 e 30 de março, Câmara realizou seis viagens para participar de uma série de inaugurações em diversos municípios do Agreste e do Sertão pernambucano. Em todos os voos, o ex-governador e presidenciável Eduardo Campos teria acompanhado o afilhado político. As viagens teriam custado R$ 205 mil aos cofres públicos. O levantamento aponta, ainda, que entre agosto de 2013 e 24 de fevereiro, quando Câmara foi ungido como o pré-candidato do PSB, o Governo do Estado havia contratado 20 voos junto a uma empresa de táxi aéreo. Contudo, Paulo Câmara não viajou ao interior em nenhuma destas ocasiões.
A agenda de viagens começou a ser intensificada no dia 2 de fevereiro, quando ele viajou para Pesqueira, Agreste do Estado, como integrante da comitiva do governador, para visitar a feste de Carnaval do município. A partir daí, Câmara participou de atos de inauguração de açude e hospitais, além de eventos ligados a inauguração de obras viárias.
Em nota, a assessoria de Paulo Câmara informou eu as viagens do ex-secretário ao lado do ex-governador Eduardo Campos sempre foram uma constante ao longo dos últimos sete anos. “Elas sempre aconteceram, tanto em voos comerciais como fretados. No entanto, a sua participação nas agendas não era evidenciada na imprensa pela postura discreta do então secretário”, diz o texto. Antes de agosto de 2013, quando houve uma mudança nos protocolos de voo, o nome dos passageiros de aeronaves fretadas não precisava ser informado.
Vale ressaltar que a prática de integrar a comitiva como forma de tornar o candidato mais conhecido não é considerada ilegal. O próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou a mesma tática quando estava à frente do Executivo Federal para tornar a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), mais conhecida do eleitorado nacional. Na ocasião, Dilma – havia sido escolhida para disputar a sucessão de Lula – passou a integrar de forma constante as comitivas presidenciais e participando de eventos e inaugurações em todas as regiões do país.
Com informações do PE247 -
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