O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello colocou em dúvida as gravações feitas pela Lava Jato que envolvem a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.
"Quem teria determinado esse grampo? Começamos por aí, seria uma prova ilícita?", apontou o ministro.
Para Marco Aurélio, é preciso submeter as interceptações a uma perícia, diante da gravidade das falas.
"Temos que aguardar primeiro para constatar a veracidade desses áudios e, segundo, as instituições atuarem e percebermos as consequências, se foi o fato foi um fato verídico", completou.
Procurada, a assessoria do STF ainda não se manisfestou sobre as citações feitas à ministra Rosa Weber pelo ex-presidente Lula.
GRAVAÇÃO
Uma conversa telefônica entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, na qual ela diz que encaminhará a ele o "termo de posse" de ministro, foi acrescentada ao inquérito sobre o ex-presidente que tramita em Curitiba.
Dilma diz a Lula que o termo de posse só seria usado "em caso de necessidade".
Os investigadores da Lava Jato interpretaram o diálogo como uma tentativa de Dilma de evitar uma eventual prisão de Lula. Se houvesse um mandado do juiz, de acordo com essa interpretação, Lula mostraria o termo de posse como ministro e, em tese ficaria livre da prisão. O juiz Sergio Moro não pode mandar prender ministros porque eles detêm foro privilegiado.
Folha de S.Paulo – Márcio Falcão
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