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segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Mulher que contraiu raiva após mordida de sagui morre em Pernambuco

Foto: Divulgação

Uma mulher de 56 anos, mordida por um sagui em Santa Maria do Cambucá, no Agreste de Pernambuco, morreu na manhã de sábado (11), no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), em Santo Amaro, Recife. Este foi o primeiro caso de raiva humana registrado em Pernambuco nos últimos oito anos.

A paciente foi mordida na mão esquerda no dia 28 de novembro de 2024 e procurou atendimento médico, onde foi orientada a seguir um tratamento profilático com soro e quatro doses do imunizante contra a raiva. No entanto, a mulher não deu continuidade ao protocolo indicado. Cerca de 30 dias depois, os sintomas começaram a se manifestar de forma leve, mas o quadro se agravou rapidamente, levando à sua internação no Huoc no dia 31 de dezembro.

Os médicos confirmaram que a evolução fatal da doença foi causada pela ausência de profilaxia no momento oportuno. O hospital emitiu uma nota lamentando a perda: “Expressamos as mais sinceras condolências e desejamos, ainda, conforto, paz e muita força para a família”.

O que é raiva humana?

A raiva humana é uma doença viral causada pelo gênero Lyssavirus, transmitida principalmente pela saliva e secreções de mamíferos infectados, como cães, gatos, morcegos, macacos e outros. Os sintomas podem surgir entre dois e dez dias após o período de incubação e, sem tratamento precoce, a taxa de letalidade é considerada próxima de 100%.

Apesar disso, há registros de sobreviventes. Em 2009, um adolescente pernambucano de 16 anos sobreviveu à doença após ser mordido por um morcego e tratado no Huoc.

Dados nacionais:

Entre 2010 e 2024, o Ministério da Saúde registrou 48 casos de raiva humana no Brasil, sendo:

24 causados por morcegos;
9 por mordidas de cães;
6 por primatas;
4 por felinos;
2 por raposas;
1 por bovino.

Prevenção e profilaxia:

Em caso de agressão por animais silvestres ou suspeitos, é essencial buscar assistência médica imediata. Os profissionais avaliam a necessidade de aplicar o soro e as doses da vacina contra a raiva, que são cruciais para evitar o desenvolvimento da doença.

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