Vice-governador não deverá deixar muitos auxiliares nos mesmos postos (Foto: Hesíodo Góes)
O discurso é o de continuidade, mas o vice-governador João Lyra Neto (PSB) quer “fundar” um novo governo ao assumir o comando da administração estadual, a partir da sexta-feira (4). O socialista entende que não pode apenas substituir os auxiliares que deixarão a gestão junto com o governador-presidenciável Eduardo Campos, uma vez que haveria a necessidade estimular as peças remanescentes com um provável rodízio nas funções que são desempenhadas hoje.
O próprio segundo governo Eduardo Campos é utilizado como exemplo. O líder-mor do PSB imprimiu uma série de trocas – sobretudo nas principais pastas -, modificando, inclusive, os papéis de antigos secretários bem avaliados ou aqueles de extrema confiança do presidenciável. O atual prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), é um exemplo disso. Campos o tirou do Planejamento, onde era tratado como uma espécie de papa, para tocar o Desenvolvimento Econômico.
Esse tipo de mudança, na visão do futuro mandatário do Palácio do Campo das Princesas, pavimenta a tão desejada possibilidade de deixar a sua marca. Entretanto, com um estímulo que só é possível com a garantia de novos desafios para quem está à frente de setores importantes da administração pública.
E o fato de ter o próprio segundo governo Eduardo como exemplo permite que o vice-governador afaste qualquer comentário de que as suas mudanças podem se dar por capricho pessoal ou por uma reação ao fato de ter sido preterido na sucessão estadual.
Agora, o vice-governador precisará ter muito cuidado para não entregar missões para quem não pode cumpri-las. Há alguns exemplos na própria administração atual de que o rodízio não apresentou resultados uniformes em todas as áreas.
PUBLICADO POR GILBERTO PRAZERES Blog da Folha
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