Quarto Estado brasileiro com o maior número de mortes confirmadas pelo novo coronavírus, Pernambuco tem um perfil de óbitos que se assemelha a outros países onde primeiramente a epidemia chegou, se consideramos um recorte das doenças preexistentes (comorbidades) que aumentam o risco de complicações da infecção. Cerca de 33% das vítimas fatais, em Pernambuco, tinham hipertensão, 25% vivam com diabetes, 12% com outros problemas cardiovasculares, 5% tinham obesidade e 4,6% fumavam ou eram ex-fumantes. Na maioria dos casos, o paciente convivia com mais de uma condição de saúde.
Esses dados são preliminares e levantados de acordo com as informações dos boletins epidemiológicos da Secretaria Estadual de Saúde (SES). As informações foram compiladas entre o período de 25 de março deste ano (data do primeiro óbito por covid-19 em Pernambuco) até 8 de maio, dia em que o Estado confirmou 82 vítimas fatais em 24 horas – um recorde diário desde a primeira morte. Então, até a última sexta-feira, Pernambuco totalizava 927 mortes pela covid-19. À coluna, a SES informou que ainda não fez a consolidação desse perfil de óbitos por comorbidades e alegou que está qualificando os dados.
Diariamente, com a aceleração da curva epidêmica, fica mais expressiva a predominância da hipertensão, como doença preexistente, entre os pacientes que não resistiram às complicações do novo coronavírus e foram a óbito. Pacientes com doenças crônicas, como hipertensão, não especificamente um grupo com maior risco de ser infectado. Mas, quando eles adoecem pelo vírus, têm uma predisposição para desenvolver a forma grave da doença. Por isso, são pessoas que devem respeitar com rigor o isolamento social e não deixar de lado outras medidas preventivas, como os hábitos de higiene.
Blog do Bruno Muniz
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