Foto: Divulgação
O linchamento de Antônio Lopes Severo, de 42 anos, conhecido como "Frajola", suspeito de assassinar o menino Arthur Ramos Nascimento, de 2 anos, em Tabira, no Sertão de Pernambuco, continua gerando repercussão. Em entrevista à TV Jornal Interior, o irmão do homem morto, Paulo Lopes, criticou a condução do caso pelas autoridades e afirmou que Antônio deveria ter tido o direito de se defender.
"Um policial foi lá em casa dizer que eles (suspeitos) iam para a Delegacia de Afogados da Ingazeira. Quando a gente menos espera, aparece um vídeo dele chegando em Tabira e aconteceu o que aconteceu. Eu acho que até que se prove o contrário, ele tinha o direito de defesa. E, antes disso, ele tinha que esperar o resultado da perícia. Estava nas mãos da Justiça. Houve omissão dos policiais", declarou Paulo.
Ainda segundo o irmão do suspeito, a decisão de levar os presos para Tabira — cidade onde o crime contra a criança ocorreu e gerou forte comoção popular — expôs Antônio ao risco iminente de violência.
"Se estava em Afogados da Ingazeira, por que não deixou lá? O que vi foi omissão, uma tragédia aquela. Se ele deve, tem que pagar. Agora não daquela forma. Se esse homem foi inocente? Quem é a população para julgar? O menino chamava ele de pai. Ele adorava o menino", concluiu.
A Corregedoria-Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS) instaurou um inquérito para investigar a conduta dos policiais envolvidos na transferência do suspeito, além de apurar os responsáveis pelo linchamento. Até o momento, a companheira de Antônio, que também estava sob custódia, permanece presa.
Jataúba News
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