
Uma “maternidade” diferente vem despertando a curiosidade e encantando moradores e visitantes de Florianópolis. Trata-se da Maternidade Glaucea Reborn, um ateliê artesanal que simula partos e adoções de bebês reborn – bonecas hiper-realistas que imitam recém-nascidos com impressionante fidelidade.
Apesar do nome “clínica de partos”, o espaço não é um hospital real. A proposta é lúdica: oferecer uma experiência emocional e imersiva para quem adquire as bonecas, que podem ser encomendadas com características personalizadas. Cada bebê é feito à mão, com materiais importados, cabelos implantados fio a fio, veias aparentes, marcas de vacina e até simulações de brotoejas e do teste do pezinho.
A artista responsável, Glaucea Rodrigues, criou o projeto para atender um público diversificado – de colecionadores e apaixonados pela arte reborn a pessoas que buscam conforto emocional, como mulheres que perderam filhos ou idosos com Alzheimer.
“É uma forma de acolhimento. Muitas vezes, a entrega é marcada como se fosse um parto mesmo. Enviamos o bebê com enxoval completo, certidão de nascimento, mamadeira, chupeta, escova, pente e tudo o que um recém-nascido teria”, explica Glaucea.
O fenômeno não é exclusivo de Santa Catarina. Em outros países, como os Estados Unidos, maternidades fictícias para bebês reborn se tornaram populares, como a loja MacroBaby, em Orlando. No Brasil, no entanto, o conceito ainda surpreende e divide opiniões.
Enquanto alguns criticam o realismo extremo ou questionam o valor das bonecas – que podem ultrapassar R$ 3 mil –, outros enxergam na prática uma forma legítima de arte e até uma ferramenta terapêutica.
Em Florianópolis, a Maternidade Glaucea Reborn segue atraindo atenção nas redes sociais e encomendando “partos” para diferentes regiões do Brasil. “Cada bebê que nasce aqui carrega uma história única. E nosso trabalho é fazer com que essa chegada seja especial para quem o espera”, conclui a artista.
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