Ele pode até se recusar a “falar sobre 2014 em 2013”, mas todo o discurso de Eduardo Campos (PSB) – possivelmente orientado pelo conjunto de marqueteiros que o cercam – já é nacional e não sai da sua cabeça, levando a crer que ele será mesmo candidato a presidente do Brasil no próximo ano. Nesta segunda-feira (29), o governador de Pernambuco esteve em um evento oficial que marcou a chegada da conexão por fibra óptica às empresas do Porto Digital, no Recife.
Apesar de o acontecimento está sendo realizado no Recife e a grande maioria do público também ser desta região, as palavras do socialista não queriam atingir os poucos mais de 100 convidados que lotaram o auditório do Porto Digital, no 16º andar de um prédio situado no bairro do Recife Antigo. Elas tinham um endereço maior: o Brasil.
Em seu discurso, Eduardo Campos festejou a conquista para a capital pernambucana – que se tornou a primeira cidade do Brasil, depois de São Paulo, a receber uma tecnologia desse porte – mas, cobrou que esse mesmo benefício chegue, também, para as cidades pernambucanas, nordestinas e para todo o país “aproximando cada vez mais o Brasil real do Brasil oficial”. Para bom entendedor, essa frase apenas basta.
Mas, o provável candidato a presidente do Brasil queria mais. Continuou à exposição discorrendo sobre como os gestores públicos devem utilizar dessas tecnologias para melhorar a produtividade da economia brasileira, da saúde e da segurança. “A gente percebe que precisamos trabalhar com uma infraestrutura do século 21, mas ainda discutimos um Brasil com carências na infraestrutura do século 19 e do século 20. Ainda não concluímos a sua construção na realidade brasileira”, prosseguiu o socialista.
O governador de Pernambuco finalizou a sua fala conclamando para o mesmo Brasil que o seu PSB desejou na propaganda eleitoral do PSB da última semana. “Precisamos resgatar o país para um crescimento econômico que inclua, que distribua rendas, oportunidades, que possa cuidar de ser equilibrado. A nossa palavra é de saudação a todos os que vão viver numa velocidade mais rápida”, finalizou, para logo em seguida, em um rápido bate papo com Imprensa, voltar a estratégia que vem sendo utilizada nos últimos meses – de só tratar 2014, em 2014.
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