“O Brasil faz um movimento para apertar a política monetária elevando a taxa de juros e, ao mesmo tempo, a política fiscal vai noutra direção, expandindo o gasto, aumentando a demanda agregada do setor público. Isso tudo se reflete também na existência de um déficit que os economistas chamam de déficit gêmeo, que é a conjugação do déficit fiscal com o das contas externas. E aí também o desempenho das contas externas vem se revelando preocupante”, afirmou.
Dados apresentados pelo senador mostram que o país, depois de um longo tempo, registra déficit na balança comercial: nos primeiros cinco meses deste ano, o acumulado é de quase US$ 6 bilhões, concorrendo então para que o déficit em conta corrente já atinja, segundo as previsões, algo correspondente a 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso significa que este déficit alcançará US$ 76 bilhões.
Diante deste cenário, e por mais que o Brasil receba a cada ano o ingresso de recursos externos da ordem de US$ 60 bilhões, Armando alerta que esses recursos não serão suficientes para financiar o déficit em conta corrente, o que implicará na queima de reservas cambiais brasileiras.
“A capacidade de inovação das empresas influencia de forma decisiva a produtividade global da economia. Na era do conhecimento inovar não é uma opção, inovar é o único caminho para um país conseguir conquistar inserção mais dinâmica na economia global”, concluiu.
magno martins
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