Governador tentou acalmar aliado sobre situação eleitoral em SP
Aliança nos Estados e ataques mais duros do PT motivam estratégia dos dois candidatos oposicionistas
O governador Eduardo Campos (PSB-PE) afirmou ontem a dirigentes do PPS que ele e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) vão se unir no segundo turno da disputa à Presidência da República. A afirmação foi feita a portas fechadas antes da abertura da reunião do diretório nacional do PPS, em Brasília, e confirmada à Folha por participantes.
A conversa entre Campos e o PPS, que recentemente anunciou apoio à sua candidatura, foi motivada pelo imbróglio eleitoral em São Paulo. O pernambucano é instado pelo PPS a resistir à pressão da possível vice em sua chapa, a ex-senadora Marina Silva, em apoiar a reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB).
Na conversa, Campos explicou não poder melindrar Marina -- que defende candidato próprio no Estado -- e ponderou que, assim como no plano nacional, PSDB e PSB estarão juntos no segundo turno em São Paulo. Ele disse que a situação pode mudar caso consiga convencer o PV a apoiar sua candidatura. Isso poderia levá-lo a endossar o nome do vereador Gilberto Natalini.
CONTRA OS ATAQUES DO PT
Principais nomes na corrida contra a reeleição de Dilma Rousseff (PT), Campos e Aécio já haviam acertado nos bastidores um pacto de não agressão. Agora, de acordo com os relatos, Campos disse haver dois motivos para que os dois se unam no segundo turno.
O primeiro diz respeito às questões estaduais -- PSDB e PSB devem se aliar contra o PT na maioria dos Estados. O segundo é o acirramento da troca de ataques entre PT e PSB. O partido de Campos foi aliado do PT no governo federal por quase 11 anos. (Folha de S.Paulo - Ranier Bragon)
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