Presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, divulga nota para conter especulações sobre eventual candidatura à presidência da República em 2014, depois que uma reportagem da revista Veja atribui a ele a frase "acho que já é hora de sair"; no entanto, ele confirma que deixará o tribunal antes da saída compulsória aos 70 anos e diz que suas próximas decisões serão "de caráter privado"; ele também negou ter dito que o Partido dos Trabalhadores foi "tomado por bandidos"
15 DE FEVEREIRO DE 2014 ÀS 18:59
247 - O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, divulgou nota neste sábado para comentar a reportagem da revista Veja que lhe atribui a frase "acho que já é hora de sair". Na nota, ele confirmou a intenção de deixar a suprema corte antes da aposentadoria compulsória aos 70 anos, mas diz que não será candidato a presidência da República em 2014. No entanto, a nota não deixa claro se Barbosa disputará outro cargo público ou não. Ele já recebeu um convite do PSB para disputar uma vaga ao Senado pelo Rio de Janeiro e especula-se, também, que ele poderá tentar o governo do Distrito Federal.
Eis a íntegra da nota, divulgada por sua assessoria:
1) O Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Joaquim Barbosa, ratifica que não é candidato a presidente nas eleições de 2014.
2) Com relação a uma possível renúncia ao cargo que hoje ocupa, o Ministro já manifestou diversas vezes seu desejo de não permanecer no Supremo até a idade de 70 anos, quando teria que se aposentar compulsoriamente. No entanto, não existe nenhuma definição em relação ao momento de sua saída. Ele não fez consulta alguma ao setor de recursos humanos do STF sobre benefícios de aposentadoria.
3) No que se refere ao seu futuro após deixar o Tribunal, o Ministro reserva-se o direito de tomar as decisões que julgar mais adequadas para a sua vida na ocasião oportuna. Entende que após deixar a condição de servidor público, suas decisões passam a ser de caráter privado.
4) O Ministro Joaquim Barbosa não faz juízo de valor sobre nenhum dos partidos políticos brasileiros, individualmente. A respeito do quadro partidário, já expressou sua opinião no sentido da realização de uma ampla reforma política que aprimore o atual sistema. Apesar de já ter tornado público o seu voto nas últimas três eleições presidenciais, o Presidente do STF, Tribunal que é o guardião da Constituição, ratifica seu respeito por todas as agremiações partidárias, seus filiados e eleitores.
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