Pressionado por seu partido, o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), deve se desincompatibilizar até sexta-feira para disputar o governo de Minas Gerais. A movimentação provoca fissura na aliança que os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) construíam no Estado.
Preocupado, Aécio vai a Belo Horizonte amanhã para encontrar Lacerda. A esperança dos tucanos é de que o presidenciável demova o aliado da candidatura e o PSB mantenha o apoio a Pimenta da Veiga (PSDB).
Presidente do PSB mineiro, o deputado federal Júlio Delgado afirma que as chances de Lacerda ser candidato ao governo são de 90%. "O Márcio está muito inclinado a disputar. Hoje essa possibilidade é de 90%", diz Delgado.
O presidente do diretório tucano do PSDB, Marcus Pestana, acredita que o acordo entre os dois partidos será mantido. "O PSB é nosso aliado desde 2002 e tem dois secretários no governo do Anastasia, inclusive o filho do Márcio, Tiago Lacerda (secretário de Esportes). Então, vai ser uma surpresa se isso acontecer", afirmou.
Aliados de Lacerda afirmam que ele não gostou de ter ficado à margem da negociação de uma aliança em torno de Pimenta da Veiga. O ressentimento foi com os dois presidenciáveis.
Emissários de Campos reiteraram que o desejo dele era ter Lacerda como candidato e o prefeito disse que toparia a disputa. Os tucanos, por sua vez, acreditam em lealdade do prefeito, que teve apoio do PSDB nas duas eleições vencidas em Belo Horizonte. Acenam ainda com uma candidatura ao Senado em 2018 e comando do processo da sua sucessão municipal, em 2016.
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