O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (20), que a elevação dos preços dos alimentos é consequência de problemas climáticos, como períodos prolongados de sol e chuvas intensas. Em entrevista concedida a uma rádio do Rio de Janeiro, Lula anunciou que pretende se reunir com empresários para discutir medidas que possibilitem a redução dos preços no mercado interno.
"O preço vai baixar, eu tenho certeza que vamos conseguir fazer com que ele volte aos padrões do poder aquisitivo do trabalhador", declarou o presidente. Lula destacou que, embora o governo incentive as exportações, é fundamental garantir que os produtos essenciais estejam acessíveis para a população brasileira.
A alta no preço dos ovos foi um dos pontos abordados. O presidente classificou como "absurdo" o valor de R$ 40 pela caixa com 30 unidades e afirmou que pretende dialogar com atacadistas para buscar soluções. "O fato de estar vendendo em dólar não significa que o preço no mercado interno deva seguir o mesmo valor de exportação", afirmou.
Lula também comentou sobre a queda nos preços da carne e demonstrou otimismo em relação à redução contínua: "Pode ter certeza que o povo vai voltar a comer sua 'picanhazinha', costela, ou outro pedaço de carne que deseja", pontuou.
Alta no preço dos ovos preocupa setor varejista:
Na última semana, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) alertou para o aumento significativo no preço dos ovos em diversas regiões do país. Segundo a entidade, a elevação já atinge 40% desde a segunda quinzena de janeiro, resultado da combinação de alta demanda e oferta restrita.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) prevê que o aumento nos preços continuará até o final da quaresma, em abril. A entidade explicou que, neste período, ocorre tradicionalmente uma maior procura por proteínas brancas, como ovos e frango, em substituição às carnes vermelhas.
Além da demanda sazonal, os custos de produção também influenciam a alta. Nos últimos oito meses, o preço do milho – principal insumo da ração para galinhas – aumentou em 30%, enquanto os custos de embalagens registraram alta superior a 100%, segundo a ABPA.
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