O caso do pequeno Arthur Ramos Nascimento, de 2 anos, morto no último domingo (16) em Tabira, no Sertão de Pernambuco, ganha novos contornos com a divulgação de informações que indicam um histórico de negligência e agressões anteriores ao crime que tirou sua vida.
De acordo com relatos obtidos pela Polícia Civil, Arthur já era vítima de maus-tratos constantes. Em entrevista à Rádio Pajeú, a delegada Joedna Soares, responsável pela investigação, confirmou que a tortura sofrida pela criança não se limitou ao dia de sua morte. “Ontem (domingo, 16) foi apenas o ápice. Arthur já sofria maus-tratos rotineiramente”, declarou.
Um episódio ocorrido em 7 de outubro de 2024 reforça o cenário de negligência. Na ocasião, Arthur foi encontrado chorando sozinho na Rua do Postinho, em Tabira. Em um vídeo divulgado, uma moradora aparece segurando a criança no colo e relata, em um grupo de mensagens, que o menino estava perdido.
“Esta criança está perdida, chorando muito, na rua do Postinho”, disse a mulher na gravação, enquanto tentava identificar os responsáveis. Ela afirmou que a vizinha havia levado o menino até sua casa por conhecer muitas pessoas na cidade. Na filmagem, Arthur aparece comendo uma bolacha, visivelmente calmo. O Conselho Tutelar foi acionado e acompanhou o caso.
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