O câmbio do Dólar e a seca que afetou o clima em todo o País este ano vão interferir no preço dos itens da ceia natalina. De acordo com um recorte feito na lista de alimentos pesquisada para compor o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), sob responsabilidade do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), a cesta de complementos de mesa para o Natal (como arroz, cebola, abacaxi, uvas, azeite e bacalhau) subiu em média 18,6%, entre novembro de 2011 e novembro de 2012. O percentual supera a inflação média do período, acumulada em 5,77%. A pesquisa foi feita entre sete capitais, inclusive o Recife e Salvador, sem discrepâncias significativas entre elas.
De acordo com o economista do Ibre, André Braz, os alimentos in natura tiveram reflexos diretos das questões climáticas, enquanto itens importados como azeite (que teve alta de 3,48% no período) e vinho (1,61%) sofreram variações mais leves do que a do câmbio. Estes produtos subiram menos que a inflação. No entanto, o mamão papaya está quase 67% mais caro. Altas consideráveis também no preço da batata inglesa (51,82%), da cebola (48,37%) e do arroz (33,49%). Outros produtos também subiram acima da inflação, como a azeitona em conserva (11,79%), o frango (10,45%), os pães e biscoitos (8,55%) e o bacalhau (5,96%). Apenas o pernil suíno teve redução, mas baixa, de 1,26%.
Braz aconselha aos consumidores a fazerem consulta de preço, já que as diferenças entre itens pode chegar a 50%. “Alimentos in natura – frutas, legumes e hortaliças – não têm marca, a pesquisa fica mais difícil. Mas, em outros itens, como vinhos, azeites e panetones, o ideal é substituir as marcas mais conhecidas, que geralmente são mais caras, por outras mais baratas”.
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