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domingo, 13 de janeiro de 2013

Estadual 2013 desvalorizado


Retorno com força da Copa do Nordeste só mostra o quanto o Pernambucano 2013 está desinteressante

Não há rivalidade entre o Campeonato Pernambucano e a Copa do Nordeste. Mas a proximidade na data das competições fez que os clubes precisassem priorizar um torneio. A saída foi tirar as equipes que estavam no Nordestão do Primeiro Turno de seus respectivos estaduais. A mudança reabriu uma discussão do valor que cada disputa terá no futuro.


No Pernambucano, emoção só no Segundo Turno. O Náutico colocará os juniores nas primeiras partidas da competição. Já Salgueiro, Santa Cruz e Sport estarão no torneio regional e o Primeiro Turno servirá apenas para que os clubes do Interior briguem pela vaga na Copa do Brasil.

“Sem dois times da Capital no início, a renda enfraquece. Para nós, pode ter facilitado no campo, mas isso deve tirar um pouco do público nos estádios”, disse Borges Carvalho, gerente de futebol do Porto. Clebel Cordeiro, presidente do Salgueiro, vai além. “O ideal é que no futuro, por exemplo, você jogue na quarta um torneio, e domingo em outro”, argumenta o mandatário.

Com relação ao retorno financeiro, a Copa do Nordeste apresenta bons números. Os times que disputarão o torneio devem receber cerca de R$ 300 mil por participação, mais uma cota por jogo, valor maior que o recebido por clubes que disputam outros estaduais na região. Os valores chegam perto ainda ao captado pelos clubes da Capital no Pernambucano e são bem maiores que os obtidos pelos times do Interior da região. O campeão da Copa ainda faturará cerca de R$ 1 milhão. Fechando o prognóstico otimista, a intenção é de que, nos próximos cincos anos, a receita do torneio, atualmente em R$ 20 milhões, dobre.

A competitividade, habitual em todos os estaduais, se intensifica no Nordestão. Para o torcedor, é a oportunidade de trocar o sentimento da rivalidade local pela “rixa” saudável dentro da região, trazendo um pouco de ufanismo por, além de representar o clube, defender as cores do seu estado.

Inspiração no passado
Apesar da fraca visibilidade que teve em 2010, com a ausência dos principais jogadores dos clubes, a Copa do Nordeste foi a competição regional que mais fez sucesso no País nos anos 2000. A alcunha é ratificada pelos números. Em 2003, o torneio gerou uma receita de R$ 15,5 milhões entre direitos de transmissão e patrocínio. Um ano antes, a competição obteve a melhor média de público entre todos os campeonatos do Brasil.

Mas por questão de choque de datas no calendário, a competição foi cancelada. Depois de sete anos, exigindo uma indenização de R$ 20 milhões da CBF pela quebra de contrato, a Confederação e os clubes chegaram a um acordo, com o arquivamento do processo e o retorno da Copa. Nesta edição, participam 16 clubes de sete estados: Bahia/BA, Vitória/BA, Feirense/BA, Itabaiana/SE, Confiança/SE, CRB/AL, ASA/AL, Sport/PE Santa Cruz/PE, Salgueiro/PE, Sousa/PB, Campinense/PB, América/RN, ABC/RN, Ceará/CE e Fortaleza/CE.

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