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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Candidatura de Eduardo Campos à presidência não é definitiva, diz Armando Monteiro Neto




Eleito o senador mais votado de Pernambuco em 2010, o ex-presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro, é do PTB, mas tem sido um dos mais frequentes interlocutores do governador Eduardo Campos (PSB) no Senado.

Anteontem, ele foi o anfitrião de um concorrido almoço com os membros do bloco parlamentar "União e Força", que reúne 12 senadores de siglas da base governista.

Nessa entrevista ao Brasil Econômico, ele fala sobre seus planos de disputar o governo estadual no ano que vem com o apoio de Campos e rebate chamando de "estapafúrdia" a iniciativa de criar uma CPI do sistema "S"

Como foi o almoço com o governador Eduardo Campos em Brasília? A eleição presidencial entrou na pauta?

Não falamos sobre 2014. O objeto da convocação foi outro: a agenda federativa, que está sob exame do senado, a reforma do ICMS e a mudança de indexador da dívida do estados.

Como fica a situação diante da crise entre o PT e o PSB no Pernambuco?

Nós temos uma aliança em Pernambuco. Eu me elegi (senador) com apoio do PSB e PT e subi no palanque junto com o (senador) Humberto Costa (do PT) e do governador (Eduardo Campos).

Na eleição municipal de 2012 fiquei ao lado do candidato do PSB porque deu toda aquela confusão no PT (na época, o partido dos trabalhadores rachou no estado e o PSB acabou lançando candidato próprio).

Acredita que o governador Eduardo Campos pode apoiar sua candidatura ao governo em 2014?

O processo de escolha dos candidatos a sucessão de Eduardo não foi deflagrado. Ele, que é o coordenador natural do processo, disse que só em 2014 vai discutir isso. De qualquer forma, meu nome é um dos que estão colocados. O PTB tem muita expressão em Pernambuco.

Se o rompimento entre Campos e Dilma se concretizar na eleição, como isso refletirá nas articulações do estado?

Se tivermos dois palanques nacionais em 2014, a tendência é que tenhamos dois palanques regionais. Mas a candidatura do Eduardo não é definitiva.

Como senador pernambucano, não acha ruim o governador passar tanto tempo fazendo política fora do estado?

Estamos vivendo em outro século. O governador tem uma pauta permanente em Brasília. Essa visão é estreita, pequena, míope e mesquinha. O governante tem uma equipe e monitora os resultados. Não há déficit de presença.

Como avalia o acirramento dos ânimos do PT com o PSB? O ex-ministro José Dirceu disse em Recife que Pernambuco pode fazer mais...

As declarações do José Dirceu em Pernambuco não foram ofensivas ou hostis. Pelo contrário. Ele considera legítimo o projeto do Eduardo. Disse que o nome dele é lembrado para 2018. Não houve tensionamento.

O senhor está no páreo para assumir a presidência do PTB?

Não sou candidato à presidência do PTB. E nunca fui. Meu projeto é regional. Enquanto Roberto (Jefferson) estiver afastado da direção para tratar da saúde, é deselegante falar sobre sucessão. O Benito Gama está como presidente interino, já que é o primeiro vice. O Roberto deve reassumir a presidência logo.

Qual a chance do PTB estar no palanque de Eduardo Campos em 2014?

Essa discussão não foi colocada no partido. Eu mesmo nunca participei de nenhuma discussão sobre esse tema.

O senador Ataídes Oliveira está tentando criar a CPI do sistema "S". Acha que a iniciativa tem futuro?

Tem faltado apoio para essa iniciativa estapafúrdia e despropositada. Os companheiros do Senado também acham isso.

No jornal Brasil Econômico

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