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terça-feira, 29 de julho de 2014

Mendonça quer investigar venda de terreno do BNDES



A venda de um terreno de 9 mil m² pertencente ao BNDES deve ser investigada na Câmara dos Deputados a pedido do líder do Democratas, Mendonça Filho (PE). O deputado protocolou, na tarde desta segunda-feira (28/07), propostas de Fiscalização e Controle em duas comissões (Finanças e Tributação; Fiscalização Financeira e Controle) e um Requerimento de Informação direcionado ao ministro Mauro Borges (Desenvolvimento, Indústria e Comércio).

A operação feita pelo banco estatal já é alvo de investigação do TCU e assusta pela diferença entre o preço avaliado pelo mercado e o valor final da venda do espaço localizado na região central de Brasília. Em reportagem publicada pela revista Veja do dia 19/07, especialistas calcularam valores acima de R$ 285 milhões para a área, enquanto o banco se desfez do terreno por meros R$ 51 milhões. O lote foi arrematado pela AJS Empreendimentos e Participações, cujo dono é membro do Conselho de Administração da Brasil Pharma.

“É preciso esclarecer esse episódio que demonstra, no mínimo, um grave caso de incompetência gerencial por se desfazer de um bem por um valor que representa menos de 20% do valor de mercado. O BNDES constrói portos em Cuba a preço de ouro e vende seus terrenos no Brasil a preço de banana”, comparou Mendonça Filho.

Ligações

A negociação se torna ainda mais suspeita pelo fato de o engenheiro responsável pelo laudo que fundamentou a venda, Ricardo Caiuby Salles, ser irmão de uma das diretoras da Brasil Pharma. Entre a lista de questionamentos a ser enviada ao ministério, Mendonça quer saber qual a justificativa técnica que baseou essa escolha e como não ficou evidenciado o claro conflito de interesses entre as partes.

Outro grave detalhe evidenciado nas investigações do TCU se refere à manobra elaborada para derrubar o preço inicial do edital. Embora o laudo tenha apontado um valor de mercado de R$ 107 milhões para o espaço, o mesmo apontou que, caso houvesse necessidade de vender o terreno às pressas, o valor inicial a ser pedido seria de R$ 45 milhões.

“O BNDES, que demandou tanta injeção do Tesouro Nacional, agora usa de artifícios para justificar uma subvalorização no valor do terreno. Quem precisa se desfazer de seu patrimônio às pressas não deveria gastar seu dinheiro financiando ditaduras bolivarianas”, acusou o democrata.

Escrito por Magno Martins


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