Foto: Michele Souza/JC Imagem
Do Jornal do CommercioAliado incondicional do PSB no governo do Estado e na Prefeitura do Recife – onde ocupa o cargo de vice-prefeito, com Luciano Siqueira –, o PCdoB reagiu, nessa quinta-feira, às críticas do governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB) ao desempenho do governo Dilma Rousseff (PT), e reforçadas por deputados que participam da XVII Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), no Centro de Convenções, pelo baixo crescimento econômico, a falta de planejamento de longo prazo, a deficiência da infraestrutura e o modelo tributário concentrador. No debate, parlamentares do PCdoB do Rio Grande do Sul e da Bahia questionaram dados que Eduardo apresentou e exaltaram os avanços de 2003 para cá (governos Lula e Dilma).
Após repetir as deficiências do País, feitas na abertura do encontro, e de ocupar o tempo maior da palestra dessa quinta para focar nos êxitos do seu governo, Eduardo persistiu nas críticas sutis ao responder perguntas de deputados. Diante de um painel cheio de dados sobre distribuição desigual de receitas de tributo, o governador disse que os discursos e as políticas de gestão estão “superadas e carcomidas”, defendendo nova agenda e modelo. O gaúcho Raul Carrion (PCdoB) contestou os adjetivos, diferenciou os campos políticos e ressaltou que a disputa não é entre o novo e o velho.
“Foi colocado que Lula, FHC e Dilma são o velho. Será que a disputa é de gerações ou de projetos (políticos)? Como foi dito, o senhor (Eduardo) está em má companhia, ao lado de Aécio (Neves, PSDB-MG), defensor da privatização. O Brasil avançou. A disputa é de projetos políticos”, reagiu Carrion.
Nova contestação viria depois, quando perguntas direcionadas a saber soluções para problemas do Brasil – alguns declarando voto e elogios –, receberam respostas de Eduardo que não contrariavam a expectativa dos questionadores. O baiano Álvaro Gomes (PCdoB) reagiu, contradizendo os discursos. “O Brasil mudou. Saímos da 16ª para a 6ª economia, o desemprego caiu de 12% para 5,5%, os juros caíram de 26% para 7%, a Caixa (Econômica) e o BB foram fortalecidos e não privatizados. Estamos melhor que EUA e Europa”, elencou.
Com o auditório em um terço da lotação, em dado momento o ex-presidente da Câmara e ex-prefeito de João Alfredo Severino Cavalcanti (PP) roubou a cena. “Não fui eleitor de seu avô (Arraes), mas sou seu eleitor. Digo: se meu partido ficar contra, serei dissidente. Todo esse povo aqui quer o senhor presidente”, declarou, sob aplausos e risos.
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