Lendário estádio de Wembley está pronto para a finalíssima da Liga dos Campeões (Foto: Divulgação)
É inegável que pela crescente rivalidade, especialmente nos últimos anos, boa parte dos entusiastas do futebol queriam parar para ver os espanhóis Barcelona e Real Madrid na final da Liga dos Campeões da Europa, neste sábado, 25 de maio de 2013. Mas o destino não quis assim. Os deuses da bola foram mais ‘justos’. E fizeram a finalíssima ser decidida, pela primeira vez na história do torneio, entre dois alemães: Bayern de Munique e Borussia Dortmund.
Verdade seja dita, por mais que Barcelona e Real Madrid tenham os dois melhores jogadores do mundo, há anos (Messi e Cristiano Ronaldo, respectivamente), não houve outro clube a apresentar, nesta temporada, um futebol no nível de excelência dos finalistas alemães. Além do futebol mais eficiente, há tradição de sobra. De um lado, o gigante Bayern de Munique, finalista duas vezes nos últimos três anos e quatro vezes campeão da competição. Do outro, o Borussia Dortmund, campeão uma vez da taça mais cobiçada da Europa.
E mesmo que as duas equipes alemãs não sejam as mais badaladas do mundo, o embate tem motivos de sobra para entrar na galeria dos duelos inesquecíveis do esporte. Primeiramente, jogo acontecerá no mítico estádio de Wembley, na Inglaterra, considerado um dos maiores templos do futebol. Ainda que não sejam da mesma cidade, os dois times são alemães e o Bayern, acostumado a reinar sozinho na Alemanha, viu o Borussia atingir essa hegemonia nos últimos dois anos.
Afinal, a equipe de Dortmund foi campeã alemã nos últimos dois anos. Na temporada passada, as coisas foram ainda piores para os bávaros, que, além de serem vice na Liga dos Campeões, também ficaram com o segundo lugar no Campeonato Alemão e na Copa da Alemanha. E os campeões foram, justamente, os aurinegros. Só para acirrar o ódio do Bayern.
Holandês Arjen Robben é uma das estrelas do forte Bayern contra o Borussia, do seguro goleiro alemão Roman Weidenfeller (Foto: Divulgação)
E se o elenco do Bayern já contava com estrelas há um bom tempo, o elenco multiestrelado ainda foi reforçado no último ano. Hoje, no elenco da equipe de Munique, despontam astros alemães como o goleiro Manuel Neuer, o lateral-direito/esquerdo Philip Lahm, o meio-campista Bastian Schweinsteiger e o atacante Thomas Muller, além de ‘estrangeiros’, como o ponta holandês Arjen Robben e o meia francês Franck Ribéry. Todos eles comandados pelo tão veterano quanto vencedor Jupp Heynckes.
A constelação atingiu o seu ápice já nesta temporada. Os bávaros foram campeões alemães, da Copa da Alemanha e buscam, agora, a tríplice coroa. Outra coincidência é que, se o Bayern for campeão neste sábado, o Borussia terá sido o vice nos três torneios. Uma vingança com juros e correção dos duelos decisivos da temporada passada.
Mas não será nada surpreendente se o Bayern sucumbir, novamente, diante da equipe de Dortmund. O elenco aurinegro não é tão badalado. Nem por isso, tem um plantel nitidamente inferior. Até porque um time que tem o seguro zagueiro Mats Hummels, o versátil meio-campista Ilkay Gündogan e o habilidoso meia-atacante Marco Reus (uma das maiores revelações do futebol alemão nos últimos anos), não pode ser chamado de modesto.
Além disso, a grande aposta recai nos pés do centroavante polonês Robert Lewandowski, um dos matadores mais implacáveis do Velho Mundo nos últimos anos. E que também pode ir para o Bayern de Munique, segundo rumores. Outro destaque da equipe é o emergente técnico Jürgen Klopp, conhecido por métodos de treinamento pouco ortodoxos, mas que fez o Borussia jogar o futebol mais bonito da Alemanha nos últimos três anos.
Outro ingrediente que acirrou a rivalidade entre as equipes tem o nome de de Mario Götze. Um dos principais jogadores do clube de Dortmund, a promessa alemã foi negociado para defender o Bayern de Munique pouco antes da final ser decidida. Curiosamente, o jogador se machucou e ficou ausente da final.
Sorte dele, pois, após ser chamado de traidor pela torcida do Borussia, o jogador teria que dar o seu melhor contra o seu futuro clube. Uma inusitada situação que não será vista neste sábado. Mas que, mesmo assim, não será suficiente para diminuir a crescente rivalidade adquirida pelos clubes nos últimos três anos.
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