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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Em entrevista à Rádio Jornal, Armando Monteiro ironiza: “Você nomeia secretário, mas ninguém nomeia governador. Governador quem elege é o povo”


Pré-candidato a governador, o senador Armando Monteiro (PTB) tem certeza de que o fundamental no debate eleitoral no Estado, em 14, é discutir os desafios do desenvolvimento de Pernambuco nos próximos anos. “Precisamos olhar para o futuro do nosso Estado, ter um debate sobre os problemas, os desafios e as potencialidades”, afirmou Armando, durante entrevista ao programa de Geraldo Freire, na Rádio Jornal, no Recife, nesta segunda-feira (24). 
O senador falou também sobre a formação do palanque de apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff em Pernambuco, sobre o processo de escolha do candidato adversário e o precário debate entre a necessidade de um perfil técnico ou político. “O fundamental nesse processo é que se possa aliar experiência, capacidade de articulação e um sentido de direção. Outra questão também muito importante é a capacidade de caminhar com as próprias pernas, ter um sentido de independência, que é tão importante e algo tão caro a Pernambuco”, acrescentou.

Veja abaixo os principais trechos da entrevista:

A construção da aliança ao governo

Armando Monteiro – “Eu estou construindo no nosso campo aquelas alianças, evidentemente que o parceiro preferencial é o PT, e isso caminha muito bem pelo calendário que foi estabelecido aqui pela direção nacional e regional do PTB. Portanto, nós aguardamos com muita tranquilidade que esse processo se conclua agora em março, e tenho recebido manifestações já muito positivas de lideranças do partido em Pernambuco. Tenho mantido contato também com outras legendas, com outros partidos, para que a gente possa concluir esses entendimentos e oferecer um expressivo leque de alianças para fortalecer esse projeto”.

Um palanque forte para a reeleição da presidente Dilma

Armando Monteiro – “Tenho a impressão que nós vamos ter aí surpresas nesse processo. Quero lembrar que as convenções só ocorrem em junho, ou seja, as alianças só são formalizadas em junho. Portanto, há muito ainda o que acontecer pela frente. Portanto, continuamos ainda muito tranquilos dentro desse calendário que foi estabelecido, conversando com todas as legendas, preferencialmente as legendas do nosso campo. Quando eu digo as do nosso campo são aquelas que estão alinhadas ao campo nacional com a candidatura da presidente Dilma. Portanto, vamos aí concluir esse processo, de modo a que tenhamos um amplo leque de alianças e uma chapa forte porque o nosso compromisso aqui, fundamentalmente, é fazer esse palanque da reeleição da presidente Dilma”.

Experiência política x perfil técnico

Armando Monteiro – “Eu acho esse debate precário. Acho que você tem aí um debate sobre Pernambuco, sobre os problemas, os desafios, as potencialidades, olhando para o futuro de Pernambuco. Evidentemente que aquele candidato que tem experiência politica, que já tem uma visão do processo politico e que ao mesmo tempo valoriza o processo técnico, porque hoje as escolhas, as decisões políticas têm que ser informadas tecnicamente, portanto, o fundamental nesse processo é que se possa aliar experiência, capacidade de articulação e um sentido de direção. Porque o político é aquele que sabe, em determinadas circunstâncias, definir prioridades e aliar a essa experiência sensibilidade. E acho ainda que há uma questão também muito importante, que é a capacidade de caminhar com as próprias pernas, ter um sentido de independência que é tão importante e algo tão caro a Pernambuco”.

O sr. diz então que o outro candidato é um poste?

Armando Monteiro – “Não, eu não digo isso. Eu tenho respeito pelas pessoas e esse processo que culminou com a indicação é um processo que foi acompanhado por vocês, que, em última instância, indicou que não havia uma candidatura natural nesse campo. Tanto que se assistiu a um processo curioso em que havia exposição de nomes, frituras, vetos. Mas isso não importa! O que importa é que ao final essa escolha foi definida e, a partir de agora, definidas as pré-candidaturas e confirmadas nas convenções, esse crivo muda. Não é mais um grupo fechado, não é mais um processo que se dá dentro de um grupo. Aí, sim, nós temos que ter um crivo da opinião pública, porque é ela que vai efetivamente fazer um julgamento da habilitação do candidato. Portanto, aí, esse outro campo, é um campo essencialmente democrático. E aí só o debate, o contraditório, a discussão das questões de Pernambuco é que ao final vão orientar esse processo. Eu quero dizer é que você nomeia secretário, mas ninguém nomeia governador. Governador quem elege é o povo”.

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