A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) pediu um aumento de 18,1% à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O item que mais pesou no pedido de reajuste feito pela concessionária foi a compra de energia, que teve uma variação anual de 16,9%, saindo de R$ 1,7 bilhão para R$ 2,06 bilhões. Somente essa compra trouxe 9,6% de reajuste na conta dos pernambucanos. O número é preliminar. O percentual definitivo será definido numa reunião da diretoria da Aneel no próximo dia 22 (de abril).
Nas contas da distribuidora, a compra de energia registrou um acréscimo de R$ 299 milhões no último ano. Isso ocorreu porque todas as distribuidoras passaram a comprar mais energia das térmicas, que é mais cara. O governo federal preferiu poupar as águas dos reservatórios das principais hidrelétricas devido à estiagem que fez os reservatórios de água das principais hidrelétricas ficarem em baixa.
Os encargos setoriais – taxas cobradas pelo governo federal na conta de todos os brasileiros – registraram uma variação anual de 24,6%, mas eles só têm um peso de 1,4% no Índice do Reajuste Tarifário (IRT). A Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) teve um crescimento anual de 420,5%. Ela é usada para cobrir os custos adicionais da energia gerada pelas térmicas. Essa despesa saiu de R$ 8,3 milhões para R$ 43,2 milhões.
Os serviços de transmissão de energia pagos pela empresa aumentaram em 12,2%. De um modo grosseiro, para calcular o IRT, a empresa somou o aumento das principais despesas, que resultou em 13,2% mais o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) que ficou em 7,30% no período. Ainda neste cálculo, é subtraído o Fator X, um percentual elaborado pela Aneel que inclui uma pontuação pelo serviço prestado pela estatal, melhoria da eficiência etc.
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