O prefeito do Brejo da Madre de Deus, Roberto Asfora (PL), durante entrevista ao blog do Alberes Xavier, lamentou a situação em que encontrou a administração pública da cidade após o comando de Hilário Paulo (PSD) e falou da dificuldade em honrar com a folha de pagamento de dezembro deixada pelo ex-gestor.
Na oportunidade, Roberto destacou a difícil situação em que encontrou os serviços públicos na cidade. “O que se viu é uma situação de calamidade pública. Entrei no Hospital que não tem nenhuma condição de fazer uma cirurgia. Então todos aqueles vídeos que fizeram na pré-campanha, antes da eleição, aquilo tudo é uma farsa”, destacou o prefeito.
O prefeito destacou a situação difícil enfrentada pela saúde do município, relatando a falta até mesmo de remédios e informando que apesar do município ter recebido mais de 5 milhões de reais para o combate a Covid-19, só foram encontrados 400 reais nas contas da prefeitura. “É espantoso o que eles fizeram no município todo. Tinham 18 carros da saúde parados, quebrados, ambulâncias UTI, parados, quebrados”, disse.
Roberto ainda destacou na oportunidade a difícil situação previdenciária do município. De acordo com o mesmo, o município deixou de repassar cerca 20 milhões de reais ao Fundo de Previdência Própria. “Por mim, eu não dizia nem que ele (Hilário) era feio, se ele tivesse deixado tudo em ordem. Não me interessa isso, não me interesso por esse discurso”, afirmou o mesmo.
Salários – Questionado se conseguirá pagar o salário de dezembro dos funcionários que ficaram sem receber, o prefeito não quis alimentar esperanças. “Estou fazendo uma análise, um estudo, e vou dizer uma coisa, não dou muita esperança”, afirmou o mesmo, destacando que no dia 31 de dezembro havia na conta do FUNDEB, para pagamento da folha salarial da educação, 5.298.726,27 reais, já no dia 1 de janeiro havia 3.865,43 reais de saldo, sem que os salários tenham sido pagos. “Quero saber para onde ele (Hilário) destinou essa fortuna”, pontuou Roberto.
O prefeito seguiu afirmando ser impossível honrar com a folha de pagamento deixada por Hilário Paulo, que envolve não só servidores da educação, mas também da saúde. “Não tenho como pagar, é impagável. Porque se eu tiver hoje 3 ou 4 milhões nas contas é para honrar o salário de janeiro dos funcionários públicos efetivos’, esclareceu o mesmo, que ainda disse, “Tenho que escolher, ou eu pago as contas da minha administração, da qual eu sempre honrei os pagamentos, ou eu vou pagar contas de Hilário e passar a ser inadimplente”, disse.
Câmara – Questionado ainda sobre sua relação com a Câmara de Vereadores, que conta com maioria oposicionista e é comandada pelo vereador Silvano Pereira (PSD), Roberto destacou que não tem nenhum problema com essa circunstância. “Não tenho nenhum problema com o presidente da Câmara, nenhum problema. O presidente Silvano é uma pessoa calma, pacata, não tenho nenhum problema não, é da paz, tranquilo”, disse.
Informações Blog do Mário Flávio
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