Nos últimos Clássicos das Multidões, quando se fala em decisão, o Santa Cruz é quem leva a melhor. Neste domingo por pouco não foi assim. Diante de um Arruda lotado, o Santa Cruz empatou com o Sport Recife por 2x2, gols corais marcados por Raul e Dênis Marques, com gol de empate sofrido no final do jogo. Roger e Marcos Aurélio marcaram para o Sport.
Com esse resultado, o Santa Cruz terminou a primeira fase doCampeonato Pernambucano na terceira colocação. Dessa forma, o Tricolor vai encarar nas semifinais da competição o vice-líder Náutico.
O TIME: Sem poder contar com os meias Renatinho e Natan em mais um jogo, o técnico Marcelo Martelotte teve de repetir a formação que bateu o Guarani/CE no meio de semana, pela Copa do Brasil
O JOGO: Dentro do Arruda, o Santa Cruz tinha como objetivo vencer o Sport Recife para assegurar a liderança na primeira fase do Pernambucano, e assim adquirir vantagem para as fases finais da competição.
Com a bola rolando, o que se viu foi o Sport Recife com maior posse de bola e o Santa Cruz explorando os contra-ataques. Nesse cenário, o Santa Cruz passou algum sufoco e ficou próximo de tomar um gol.
Diante do maior volume de jogo do Leão, pensava-se que a equipe Tricolor teria muitas dificuldades para fazer o seu jogo fluir. Mas, dentro do Arruda, contagiado pela multidão Coral, a Cobra coral conseguiu conter o ímpeto do adversário e produziu algumas jogadas de perigo.
E quando parecia que o primeiro tempo se encerraria na base da disputa, com nenhuma das equipes querendo perder, os jogadores Corais surpreenderam. Nos minutos finais da primeira etapa, em um rápido contra-ataque, Dênis Marques tocou para Caça-Rato, que ajeitou na medida para o meia Raul, de fora da área, encher o pé e abrir o placar para o Mais Querido.
O gol do Santa Cruz veio em um momento chave, inflamou a Torcida, que vibrou bastante com a vantagem no placar e mandou o Sport para o vestiário com o peso da derrota parcial.
SEGUNDO TEMPO: Na segunda etapa, o técnico Martelotte procurou organizar o sistema defensivo e assim promoveu a entrada de Nininho no lugar de Tiago Costa. A vantagem no placar elevou a moral do Santa Cruz e colocou enorme peso nas costas dos jogadores do Sport Recife.
No entanto, justamente em um descuido do sistema defensivo, o Sport Recife, logo aos 6 minutos, chegou ao empate com Roger. Uma ducha de água fria nas pretensões do Santa.
Mas o Santa Cruz tem Dênis Marques e, em seu jogo de número 50 com a equipe tricolor, ele queria deixar sua marca. Aos 10 minutos, do bico esquerdo da grande área adversária, o artilheiro Coral acertou um belo chute, indefensável para Magrão. Como ele havia falado antes do jogo, comemorou a partida 50 em grande estilo com um belo gol.
Inevitavelmente, o gol abalou os jogadores do Sport Recife e deu ainda mais confiança para a equipe Tricolor. Se no primeiro, o adversário era quem controlava as ações, no segundo tempo o Santa estava tomando as rédeas da partida.
Novamente a frente no placar, o Santa Cruz não deu brechas para o Sport Recife e ainda se deu ao luxo de desperdiçar algumas oportunidades. Em meio aos gols perdidos, sobretudo com Caça-Rato, a equipe Coral sofreu algum perigo do adversário. Tudo se encaminhava para um Triunfo do Mais Querido no Clássico das Multidões.
Não à toa, clássicos são imprevisíveis e costumam ser decididos nos detalhes. Esse seguiu essa máxima à risca. Quando a Torcida do Santa Cruz já comemorava a vitória, em um lance despretensioso, o volante Tozo cometeu uma infração em um jogador adversário dentro da área e o juiz marcou a penalidade. Na cobrança, Marcos Aurélio empatou a partida e mudou os rumos da Cobra Coral na competição.
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